Já fez LIKE no TVI Notícias?

Qimonda: situação da empresa «mais grave» do que se sabia

Relacionados

Responsável garante que tudo está a ser feito para evitar colapso da empresa

A situação da Qimonda «é mais grave» do que até agora se sabia e se não houver uma solução até finais de Março, o encerramento «é inevitável», disse esta sexta-feira o gestor judicial da empresa ao jornal ao Saechische Zeitung.

«No tempo que nos resta, temos de encontrar um investidor, e já houve primeiras manifestações de interesse e contactos, mas num âmbito reduzido», disse Michael Jaffé ao matutino de Dresden, onde está instalada a principal fábrica da Qimonda, avança a Lusa.

PUB

«Actualmente, estamos a fazer o possível para evitar o colapso da Qimonda», acrescentou o advogado nomeado pelo tribunal para gerir a falência, declarada a 23 de Janeiro.

Contactado pela agência após a entrevista do gestor judicial, o Ministério da Economia português lembrou apenas que o ministro Manuel Pinho se vai encontrar na próxima semana com Michael Jaffé.

Segundo a entrevista de Jaffé ao Saechische Zeitung, a Qimonda continua a produzir, embora com prejuízos, resultantes sobretudo do fabrico de «chips» de memória estandardizados. Já os «chips» produzidos para consolas de jogos, por exemplo, continuam a dar lucros.

Rescindir contratos que dão prejuízo

Jaffé reiterou que a falência em curso, no entanto, «permite rescindir contratos que dão prejuízo, reduzir custos administrativos e processos complexos».

O advogado bávaro lembrou que «no interesse dos credores, há que manter o património» da Qimonda, acrescentando que, com a declaração de falência, «a empresa pode ser muito mais facilmente vendida».

PUB

Jaffé justificou a sua afirmação com o facto de um novo investidor não ter de suportar dívidas acumuladas, «e poder comprar por relativamente pouco dinheiro uma tecnologia de produção das mais avançadas do mundo, além de adquirir as 30 mil patentes» da Qimonda.

No entanto, acrescentou, «a venda tem de ser efectuada em breve, e no auge de uma crise financeira e económica internacional», admitiu.

O governo regional da Saxónia reiterou, entretanto, a sua oferta de 150 milhões de euros para refinanciar a Qimonda, anunciada já antes da declaração de falência.

PUB

Relacionados

Últimas