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Descida do preço do gás para consumidores vai ser «pouco significativa»

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A ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos) acaba de anunciar as suas propostas de redução das tarifas de acesso às infra-estruturas de redes e transporte do gás natural. No entanto, só em 2008, aquando a liberalização do sector do gás, é que estas descidas se vão reflectir no preço para o consumidor final e ainda que «pouco significativas».

Assim, a redução proposta pela entidade para estes custos (terminal, armazenamento, transporte e uso global do sistema) é de 11 por cento, que a ser aprovada vai vigorar de Julho deste ano a Junho de 2008.

Já os preços das tarifas de venda a clientes finais durante este ano continuam a ser homologados pelo Ministério da Economia, mas no próximo ano esta situação altera-se e esta homologação ficará cargo da ERSE. É aí que a redução dos custos destas infra-estruturas será repercutida para os consumidores. Em Julho de 2008, está previsto que também as tarifas aos clientes finais sejam definidas pela entidade reguladora.

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«Durante 2008, haverá um ajustamento para baixo que irá beneficiar todos os consumidores (domésticos, industriais e de grande consumo). A partir do segundo semestre de 2008 é que a redução será mais substancial», afirmou o presidente da ERSE, Vítor Santos, esta segunda-feira, em conferência de imprensa.

Proveitos da REN limitados vão beneficiar Transgás e Portgás

Sem saber precisar o valor da descida do preço, o responsável adiantou que, para os consumidores domésticos, se o preço do gás natural se mantivesse aos níveis actuais, significaria uma redução de 0,4% em Janeiro do próximo ano, ou seja, como o próprio diz, «pouco significativa». Para os anos subsequentes, Vítor Santos espera que esse preço pese menos na carteira dos portugueses.

E ressalva: «Mas pode acontecer que haja uma redução das tarifas de acesso e ao mesmo tempo uma evolução desfavorável dos preços do gás natural que anule essa redução».

De referir que o preço médio pago pelo acesso às infra-estruturas tem um peso de 3,5% para os clientes domésticos, de 7,5% para os clientes industriais e de 12,4% para os grandes consumidores (mais de 24 GigaWatts/hora).

De acordo com o responsável, estas tarifas que a ERSE está a preparar, além de permitirem a redução dos custos de acesso dos produtores de energia eléctrica, vão facilitar a redistribuição de proveitos da REN em benefício da Transgás e da Portgás (do qual a EDP é accionista maioritário) uma vez que impõem um tecto máximo de proveitos. Estes limites impostos pela entidade representam uma diminuição de 11% face aos níveis de 2006.

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