Em declarações à agência «Lusa», Hélder Pedro disse que espera, também, uma subida de 1,4% nas vendas de comerciais ligeiros, sublinhando que o comportamento de 2006 ficou abaixo do esperado e que, este ano, só pode melhorar.
«O mercado só poderá evoluir positivamente em 2007, sob pena de a crise se agravar», disse.
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O secretário-geral da ACAP indicou que, apesar do aumento das taxas de juros não ser favorável às vendas de automóveis, aquela associação admite «uma evolução ligeiramente positiva do consumo privado e que o desemprego diminua».
Relativamente aos pesados, que tiveram «vendas excepcionais» no ano passado, deverão registar uma quebra de vendas da ordem dos 6,4% em 2007, para 5.600 unidades, precisou.
António Ferreira Nunes, presidente da Associação Nacional das Empresas do Comércio e Reparação Automóvel (ANECRA) estimou, por seu lado, que o mercado automóvel se reduza entre 2,8% e 3% no ano em curso.
O presidente da ANECRA disse à «Lusa» que «não há no horizonte indicadores favoráveis para o mercado automóvel», observando que «o endividamento das famílias é alto, as taxas de juro estão a aumentar» e «a retoma será mais para o fim do ano».
Ferreira Nunes acrescentou que o «padrão de trocas de viaturas usadas por novas aponta também para um maior crescimento de vendas para renovação do parque em 2008».
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António Lopes, porta-voz da Renault, indicou que a marca espera que o mercado português de automóveis ligeiros estabilize este ano ao nível de 2006.
Os responsáveis da marca indicaram que a Renault quer manter em Portugal as suas vendas em cerca de 35 mil unidades em 2007 e preservar a liderança no mercado de ligeiros, José Luís Pinheiro, da Ford, indicou que a empresa antecipa que as vendas do mercado nacional de ligeiros permaneçam em 2007 em torno das 260 mil unidades, ao nível de 2006, observando que «dada a situação da economia nacional, a compra de automóvel não deverá ser uma prioridade para as famílias».
Para 2007, o objectivo da Ford é alcançar o quarto ano consecutivo de aumento de vendas, após o ligeiro acréscimo que registou no ano passado.
José Raul Pereira, da Citroen, admite que o mercado português de ligeiros de passageiros cresça para 203 mil unidades, quase quatro mil mais do que em 2006, e que as vendas de ligeiros da Citroen cresçam mais de 2 mil unidades, para 23 mil automóveis novos.
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Nuno Heleno, da General Motors (GM) Portugal, considerou que «é difícil prever o que vai acontecer no mercado automóvel em 2007».
O porta-voz da GM Portugal sublinhou que «as previsões nos últimos anos têm sido feitas na perspectiva de que o mercado não deverá cair mais» e a GM espera que o mercado não volte a reduzir-se este ano.
«No entanto, tem havido com frequência novos factores de agravamento, de que é exemplo o aumento dos preços do petróleo», acrescentou.
Quanto às marcas da GM, Nuno Heleno afirmou que a Opel pretende disputar a liderança do mercado com o novo Corsa e com o Astra e a empresa pretende que o Chevrolet «mantenha o sucesso que tem tido desde o seu regresso ao mercado português em 2005».
A «Lusa» tentou contactar mais algumas das principais marcas no mercado português mas não conseguiu obter as suas previsões em tempo útil.
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