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Accionistas da SLN: «Oliveira e Costa mentiu»

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Grupo visado pelas declarações do ex-presidente do BPN está disposto a ir à comissão de inquérito

«Oliveira e Costa mentiu». É este o título de um comunicado emitido esta quarta-feira pelos accionistas da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), que detinha o Banco Português de Negócios (BPN), até à sua nacionalização.

O comunicado surge menos de 24 horas depois da audição do antigo presidente do grupo no Parlamento, no âmbito da comissão de inquérito que está a investigar as circunstâncias que levaram o banco ao desfecho conhecido. Na audição, o ex-banqueiro acusou um grupo de dez accionistas de terem boicotado a venda do grupo em várias ocasiões, apontando críticas especialmente a Joaquim Coimbra.

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«Na sua declaração de ontem, o Dr. Oliveira Costa omitiu deliberadamente referências substantivas ao período da sua gestão à frente do Grupo SLN/BPN, até 2007», acusa o grupo de accionistas, para quem esta omissão «deliberada» teve como objectivo «fugir a explicar as razões da grave degradação da situação do grupo ao longo desses anos, a qual é da sua inteira responsabilidade, tal como foi a ocultação dos factos que conduziram a essa situação».

Só não venderam porque compradores recuaram

A «inverdade» que o grupo de accionistas considera ser «a mais grave» é a afirmação de que «este grupo de accionistas se opôs à alegada venda do Grupo SLN, sugerindo que, em alternativa, queriam a sua destruição».

«Estando em causa o seu dinheiro, estes accionistas nunca iriam preterir boas soluções em favor de péssimas medidas. Por isso, em 8 de Março e 1 de Julho de 2008, estes accionistas assinaram acordos de venda que apenas não foram executados por falta de pagamento dos promitentes-compradores», referem em comunicado.

O documento, que aparece assinado por Adelino Silva, Alberto Queiroga Figueiredo, Almiro Jesus Silva, António Santos Cavaco, Avelino Gaspar Francisco, Fernando Rodrigues Cordeiro, Joaquim Vieira Coimbra, Manuel António Veríssimo, Manuel Neves dos Santos, defende ainda Joaquim Coimbra, dizendo que também «são falsas as afirmações do Dr. Oliveira Costa sobre o accionista» e que, em todo o processo, este «se limitou sempre a dar sequência e materialização às orientações definidas por este grupo de accionistas, tendo cumprido, tal como outros, uma missão difícil e ingrata mas da maior importância e significado».

«Os accionistas signatários oferecem, ainda, a sua disponibilidade para serem ouvidos na Comissão Parlamentar de inquérito ao Caso BPN, com o único objectivo da reposição da verdade dos factos» e prometem defender até às últimas consequências os interesses da Sociedade e de todos os accionistas, «no que se inclui a responsabilização do Dr. Oliveira Costa e de quem o tenha acolitado em actos de gestão danosa que conduziram o Grupo SLN à situação em que se encontra».

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