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O ex-presidente do BPN, Oliveira e Costa, que está esta terça-feira a ser ouvido no Parlamento, acusou dez accionistas do grupo financeiro de terem manipulado factos e de terem impedido a venda do grupo por várias ocasiões. As acusações mais graves feitas até agora foram apontadas a Joaquim Coimbra.
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Oliveira e Costa, que se encontra em prisão preventiva, pediu para ser ouvido pela segunda vez pela comissão de inquérito que investiga as circunstâncias que levaram à nacionalização do banco, depois de se ter remetido ao silêncio na primeira audição, quando apelou à sua condição de arguido.
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O antigo líder do BPN acusa agora Joaquim Coimbra de ter cancelado o negócio com a Carlyle e de ter negociado em paralelo a venda aos angolanos do BAI.
Oliveira e Costa acusou Joaquim Coimbra de ter tentado levar a cabo uma «vingança» e ter armado uma «cilada» nas negociações para a venda do grupo.
«Foi um grupo de dez accionistas que manipularam os factos para inviabilizar a venda do grupo a entidades estrangeiras», afirmou, acrescentando que os mesmos «estavam a procurar o desmembramento do grupo que era o que mais lhes interessava».
Mesmo accionista impediu venda à Arábia Saudita e ao BAI
Joaquim Coimbra é ainda acusado de ter feito fracassar a venda do grupo a interesses ligados à família real saudita.
O banqueiro disse que houve, no início de Agosto de 2007, um contacto feito pelo embaixador Mohammed Al-Rashid para comprar o grupo e que em Setembro houve uma reunião de accionistas para o debater.
Nas negociações, diz, Joaquim Coimbra e outros accionistas impediram a venda. O valor oferecido pela Arábia Saudita era de 2,75 euros mas, em vez disso, os accionistas em causa pediram três euros. Um valor que Oliveira e Costa alertou ser elevado por poder levar os interessados a exigirem o relatório e contas 2007, o que poderia fazer baixar o valor oferecido.
Durante as reuniões tidas com vista à venda do grupo, Oliveira e Costa irritou-se com os accionistas. «Só não foi à chapada porque sou uma pessoa muito pequena para essas coisas», disse.
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