O presidente do Banco Central Europeu (BCE), que hoje manteve o preço do dinheiro estável em 2,5%, disse em conferência de imprensa que, apesar das taxas de juro continuarem muito baixas, «as expectativas do mercado não coincidem» com as da instituição.
O presidente acabou por ser assim menos peremptório do que esperavam os analistas, que apontavam para um aumento das taxas já em Maio.
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Trichet acrescentou ainda que o crescimento da massa monetária e do endividamento continua a ser forte, além da inflação se manter acima dos 2%, onde deve manter-se pelos próximos meses. Recorde-se que esta era a meta fixada pelo BCE para o aumento de preços nos Doze, de modo a manter o que defende ser a «estabilidade de preços».
Um aumento das taxas de juro penalizará particularmente Portugal, não só pela taxa de endividamento das famílias mas também porque penalizará o consumo e, come ele, toda a economia, numa altura em que o seu crescimento é ainda muito frágil.
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