O Banco de Portugal fez 31 inspecções a instituições financeiras em 2008, a maioria das quais a bancos, revela o regulador do sector, no Relatório Anual de 2008.
«Decorreram trabalhos referentes a 31 inspecções, abrangendo, designadamente, as instituições mais relevantes do ponto de vista da dimensão, posicionamento no sistema financeiro, complexidade das operações ou problemas particulares», refere o documento.
PUB
Do total, 20 disseram respeito a bancos, seis a outros tipos de instituição de crédito (caixas de crédito agrícola mútuo, instituições financeiras de crédito e sucursais de instituições de crédito), quatro a sociedades financeiras e grupos de sociedades financeiras e uma a sociedades gestoras de participações sociais.
As inspecções incidiram sobre temas como a validação dos modelos para cálculo de requisitos de fundos próprios para cobertura de risco de crédito, risco de mercado e risco operacional, solvabilidade e grandes riscos. Foram ainda alvo de inspecções as operações com entidades sediadas em centros off-shore, prevenção do branqueamento de capitais e aos sistemas de controlo interno e estruturas de gestão de riscos, carteiras de crédito e procedimentos de acompanhamento e recuperação de créditos bem como aplicação do modelo de avaliação de riscos.
Por 48 vezes o Banco de Portugal se fez passar por clientes (técnica do cliente mistério), junto de 24 instituições financeiras diferentes. Aqui, o crédito à habitação, crédito ao consumo e os depósitos bancários foram alguns dos produtos mais visados.
Os inspectores do banco central dirigiam-se aos balcões dos bancos como se se tratassem de clientes normais, para avaliar os preços cobrados e a informação prestada. Foram assim detectadas lacunas na informação transmitida ao cliente, sobretudo ao nível dos juros cobrados.
PUB