De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), no terceiro trimestre deste ano, o indicador de actividade económica nacional abrandou, no seguimento da tendência que se regista desde Junho passado.
De resto, também o indicador de clima económico, com informação até Outubro, evoluiu no mesmo sentido, mostrando que as expectativas dos agentes económicos sobre a evolução da economia se apresentam menos favoráveis.
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No mesmo período, o emprego diminuiu ligeiramente, o desemprego aumentou mais intensamente e a taxa de desemprego alcançou o nível mais elevado desde 1998. A informação mais recente, que inclui dados até Outubro, apresenta um menor crescimento do desemprego declarado, mas a diminuição da oferta de emprego é mais intensa.
Subsiste ainda incerteza quanto aos desenvolvimentos do lado da procura, dada a informação disponível, sendo possível que tenha ocorrido algum arrefecimento do lado da procura interna, mantendo-se o moderado crescimento das exportações.
O INE explica ainda que o abrandamento da actividade foi muito acentuado nos principais sectores. Na indústria transformadora verificou-se mesmo uma quebra da produção de 2,8%. Na construção, o andamento negativo voltou a acentuar-se, passando a variação homóloga do índice de produção para menos 5,1%, quando no segundo trimestre se situara em menos 2,8%. Nos serviços observou-se um abrandamento significativo do crescimento do volume de negócios, na ordem de 4 pontos percentuais, generalizado aos principais subsectores. A única excepção foi o comércio a retalho, tendo o índice crescido mais intensamente do que anteriormente.
A contribuição das principais componentes da procura para o abrandamento da actividade é ainda incerta, dada a informação disponível. Quanto ao consumo, o indicador quantitativo aponta para uma estabilização do crescimento desta variável, resultante do claro abrandamento dos bens duradouros, devido às vendas de automóveis, e de alguma aceleração do consumo corrente.
A informação sobre as trocas com o exterior durante o terceiro trimestre é ainda incompleta, apontando os dados disponíveis para abrandamentos dos crescimentos em valor das importações e das exportações, mais intenso no primeiro tipo de fluxo.
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