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Empresas portuguesas investiram muito menos em 2005 do que se esperava

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As empresas portuguesas deverão ter investido muito menos em 2005 do que se esperava. Em Outubro, o inquérito ao investimento do Instituto Nacional de Estatística (INE) apontava para uma queda de 4,3% face a 2004. Em Abril do ano passado, os empresários esperavam investir mais 7,8% em 2005 que no ano precedente, o que significa que ao longo do ano, as intenções de investimento caíram drasticamente.

Mas para 2006, os empresários esperavam um aumento de 8,3% no investimento.

Os dados mostram que, apesar do investimento contrair, existem mais empresas a investir, só que cada uma delas investe menos. O inquérito de Outubro mostra que cerca de 70,2% das empresas fala em investimentos em 2005, mas apenas 51,9% pretendia então investir em 2006.

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A contracção do investimento em 2005 deve-se a seis dos nove sectores de actividade económica inquiridos. Destes, as maiores quebras ocorreram na Construção (-22,1%), na Indústria Transformadora (-13,6%), no Alojamento e Restauração (-13,4%) e no Comércio (-11,7%). Apenas a Electricidade, Gás e Água (20,1%) e a Indústria Extractiva (13,6%) registaram crescimentos assinaláveis.

Relativamente ao investimento para 2006, as perspectivas de crescimento devem-se aos sectores Electricidade, Água e Gás (50,2%), Alojamento e Restauração (21,9%), Transportes, Armazenagem e Comunicações (16,6%) e Comércio (8,2%). Com fortes quebras no investimento encontram-se a Construção (-26,8%), a Indústria Extractiva (-26,3%), as Actividades Financeiras (-12,1%) e a Indústria Transformadora (-11,5%).

Compra de equipamentos absorve quase metade do investimento

Em 2004 e 2005 praticamente metade do investimento global destinou-se à aquisição de equipamentos, reforçando-se essa afectação em 2006 para 52,6% do total. A percentagem de investimento em Construções também continuou a representar nestes anos quase um terço do investimento global. A quebra no investimento de 2005 em relação ao ano anterior resultou da diminuição do investimento em construções, Equipamentos e Material de Transporte.

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Para investir, as empresas continuam a recorrer principalmente ao auto-financiamento, satisfazendo por esta via 60,8% das suas necessidades de financiamento em 2005 e 59,2% em 2006. Esta fonte de financiamento assume particular relevância nos sectores das Actividades Financeiras, da Indústria Transformadora e do Comércio, situando-se acima dos 95% no primeiro sector.

O crédito bancário constitui a segunda principal fonte de financiamento (cerca de um quarto do total). Porém, nos casos da Indústria Extractiva, da Construção e das Actividades Imobiliárias, Alugueres e Serviços Prestados às Empresas as percentagens correspondentes situam-se praticamente em 50% em 2005 e 2006.

Empresas esperavam criar empregos

As expectativas de criação de emprego resultante do investimento realizado apresentaram, tanto em 2005 como em 2006, saldos de respostas extremas positivos. Note-se também que evoluíram positivamente de 2005 para 2006 no presente inquérito.

Seis dos nove sectores registaram, para ambos os anos, saldos positivos nas apreciações quanto à criação de emprego por efeito do investimento. Destaque-se, entre estes, o Comércio com um maior saldo de respostas extremas. De sinal contrário, continuam a evidenciar-se as indicações do sector de Actividades Financeiras e, em menor grau, da Indústria Transformadora. Tal como tem sucedido nos últimos anos, o sector das Actividades Financeiras regista o saldo negativo mais expressivo, tanto para 2005 (-25,1%) como para 2006 (-24,6%), seguindo-se, ainda que com uma variação bem menos significativa, a Indústria Transformadora (-2,4% para 2005 e -3,1% para 2006).

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