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Investimento imobiliário atinge recorde apesar de restrições

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Total de 39,8 mil milhões de euros

O investimento mundial directo em imobiliário terciário cresceu 39,8 mil milhões de euros (59 mil milhões de dólares) em 2007 para os 551,8 mil milhões, de acordo com o último relatório de research de Capital Markets realizado pela Jones Lang LaSalle.

Este crescimento reflecte o ano complexo que se fez sentir, com volumes recorde de transacções em todas as regiões na ordem dos 255,6 mil milhões nos primeiros seis meses, seguidos por um decréscimo para os 246,1 mil milhões na segunda metade do ano.

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«Na base desta descida estão os acentuados decréscimos sentidos nos Estados Unidos e no Reino Unido, que, em conjunto, representaram mais de 50% dos volumes globais transaccionados. O investimento estrangeiro representou 46% do volume global transaccionado, acima dos 43% registados em 2006», referem.

«2007 foi, sem dúvida, um ano com duas metades distintas. Uma performance extremamente forte na primeira metade impulsionou o resultado de todo o ano e ajudou a superar o ano anterior¿ele próprio um ano recorde. A crise do sub-prime, seguida da restrição no crédito e um reajustamento dos preços, conduziram a um abrandamento dos mercados chave do Reino Unido e dos Estados Unidos durante a segunda metade», afirma o CEO European Capital Markets, Tony Horrell.

Investimento mundial deve cair em 2008

Sustenta ainda a consultora que as condições favoráveis do mercado de crédito e um interesse sem paralelo da parte dos investidores levaram ao crescimento do volume transaccionado e dos preços nos anos mais recentes. «Contudo, em meados de 2007, a restrição no crédito afastou os investidores com elevada alavancagem, que tinham estado muito dinâmicos na aquisição de activos e portfólios de grande dimensão, e levou também a que outros investidores decidissem aguardar até que os níveis de preços sujeitos a reajustamentos se tornassem mais transparentes».

O estabelecimento de preços mediante o risco está agora a ir ao encontro dos requisitos de retorno dos investidores e financiadores, exacerbados pela menor actividade de investidores fortemente alavancados devido à reduzida disponibilidade de financiamento.

Perspectivando o ano em curso, Tony Horrell aponta: «Em 2008 esperamos que o total dos volumes mundiais fique abaixo dos alcançados nos anos mais recentes, devido aos preços mais baixos e ao menor número de transacções. A disponibilidade limitada de financiamento e a restrição das condições de crédito irão reduzir o número de negócios de portfólios e de activos de grande dimensão. Contudo, um elevado número de players de capitais próprios continuam a ter muita liquidez e estão numa atitude de «aguardar para ver», e estamos a assistir, agora, à emergência de claras oportunidades de aquisições em diversos mercados».

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