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«Mini-crash» nas bolsas leva PSI20 à pior sessão de 6 anos

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Lisboa anulou todos os ganhos de 2007 e está abaixo da barreira psicológica dos 11 mil pontos

Foi uma sessão negativa como não se via nas bolsas europeias desde os atentados de 11 de Setembro de 2001 nos EUA.

Num dia em que os mercados norte-americanos estiveram encerrados devido ao feriado em memória de Martin Luther King, as bolsas europeias ressentiram-se da falta de referência que costumam receber do outro lado do Atlântico.

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Os investidores continuam preocupados com a possibilidade de uma recessão nos EUA, desencadeada pela turbulência financeira decorrente da crise do crédito de alto risco («subprime»). Durante a noite, os mercados asiáticos tinham já fechado no vermelho e, durante o dia, foi a vez das praças europeias acusarem a apreensão.

Praça lisboeta com 2ª maior queda acumulada da Europa

A liderar as descidas esteve a praça espanhola, que cedeu mais de 7,5%, seguindo-se as praças alemã e francesa, com quebras em torno dos 7% e, por fim, a inglesa, a recuar quase 5%.

A bolsa portuguesa deixou-se levar pela onda. O PSI20 caiu 5,83% para 10.823,10 pontos, quebrando a barreira psicológica dos 11 mil pontos, e com todas as empresas no vermelho. O índice anulou já todos os ganhos acumulados ao longo de 2007, uma vez que, desde o início deste ano, já se desvalorizou quase 17%. A queda acumulada pelo PSI20 é a segunda maior da Europa, ultrapassada apenas pela da praça holandesa.

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Sector financeiro é o mais afectado

O BCP, que tem estado no centro as atenções, esta segunda-feira voltou a ocupar um papel de destaque, mas pelas piores razões. Registou a segunda maior queda do índice, de 12,24% para 2,08 euros. O banco está a seguir a tendência do sector financeiro do resto da Europa, que se teme vir a ser o mais afectado pela crise do «subprime». Nem mesmo a vitória de Carlos Santos Ferreira na luta pelo poder dentro do banco, que se esperava que trouxesse alguma estabilidade ao título, está a tranquilizar os investidores.

No mesmo sector, o BES recuou também 8,2% para 11,65 euros e o BPI 6,31% para 3,86 euros. Os dois bancos estão a ser pressionados para vender activos e o banco liderado por Fernando Ulrich deverá alienar uma posição de 49,9% no Banco de Fomento de Angola ainda este ano.

Na energia, o cenário foi igualmente desolador, com a EDP a cair 4,77% para 3,99 euros e a Galp a descer 4,55% para 13,65 euros.

Nas telecomunicações, a PT perdeu 4,96% para 8,82 euros e a Sonaecom 4,4% para 2,34 euros. A PT Multimédia também deslizou 3,39% para 8,83 euros.

A Sonae SGPS também esteve entre as que mais caiu, 4,88% para 1,17 euros.

Fora do índice PSI20, nota para a Martifer que anunciou estar em negociações com o grupo indiano Suzlon para uma parceria nas construções metálicas naquele mercado asiático. Apesar disso, as acções cederam 4,07% para 5,90 euros.

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