O ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, anunciou a escolha de Fernando Faria de Oliveira, actual presidente do banco Caixa em Espanha, para presidir à Caixa Geral de Depósitos (CGD).
Teixeira dos Santos escolheu o substituto de Carlos Santos Ferreira, que deverá assumir a presidência do BCP, com base na sua experiência e competência, assegurou, numa conferência de imprensa que decorreu no Porto, citado pela «Lusa».
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«É uma escolha que permite à CGD enfrentar os desafios futuros num mercado financeiro cada vez mais competitivo, que exige inovação e visão estratégica», afirmou o ministro.
O convite foi feito quinta-feira, e imediatamente aceite.
Francisco Bandeira será vice-presidente
Teixeira dos Santos revelou ainda ter também convidado Francisco Bandeira, actual administrador da CGD, para o cargo de vice-presidente da instituição.
O ministro das Finanças negou qualquer influência político-partidária na sua escolha, numa alusão ao facto de Faria de Oliveira estar ligado ao PSD.
«(As escolhas) têm que assentar numa avaliação do currículo profissional, que deve dar provas manifestas de competência e idoneidade para exercer o cargo. É nessa base que tomo as minhas decisões», afirmou.
Nesse sentido, considerou que «seria uma injustiça para Faria de Oliveira dar a entender que a sua escolha teria sido feita apenas com base num critério partidário».
«Faria de Oliveira tem um currículo profissional que fala por si, com uma vasta experiência em gestão. É uma pessoa com provas dadas na gestão e administração de empresas», frisou.
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O ministro das Finanças salientou ainda que a escolha representa uma «solução de continuidade», já que Faria de Oliveira é actualmente presidente da CGD em Espanha e é «um homem que conhece bem a instituição».
As ligações ao PSD
Faria de Oliveira foi também ex-ministro do Governo de Cavaco Silva, sendo assim próximo do PSD. A oposição não tem poupado críticas ao Governo pelo facto de Carlos Santos Ferreira e Armando Vara, ambos próximos do PS, estarem na corrida à liderança do BCP, quando o governador do Banco de Portugal, que regula a banca, Vitor Constâncio, também tem um histórico socialista. O líder do maior partido da oposição, Luís Filipe Menezes, chegou mesmo a sugerir que, tendo tudo isto em conta, o novo líder da CGD deveria ser escolhido entre as fileiras do PSD.
Historicamente tem existido em Portugal uma espécie de pacto informal sobre a alternância política entre os líderes da CGD e do Banco de Portugal e, com esta escolha, o Governo parece seguir essa linha.
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