O número médio de furtos durante todo o ano é cada vez mais alarmante. É que a cada minuto, o comércio português perde 600 euros, e quando chegam estas datas festivas os números disparam.
São duas épocas que acabam por sobrepor-se e nas quais a actividade dos comércios aumenta consideravelmente. As pessoas vão comprar os presentes de natal para os seus familiares e amigos, onde estão dispostos a encontrar a maior «pechincha» entre os milhares de ofertas que se escondem por baixo do cartaz que diz «saldos» e acabam mesmo por «roubar».
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Segundo o Barómetro Europeu de Roubo no Retalho (ERTB) da ADT, este ano, em Portugal, os furtos e roubos no retalho atingiram os 204 milhões de euros. Cerca de 53,8% destas perdas são fruto do furto externo, ou seja, são feitos por parte dos clientes e 22% são feitos por furto interno, isto é, por parte de empregados.
Existem tecnologias que ajudam o retalho a proteger os seus negócios nestas datas e durante todo o ano e a evitar que os produtos e artigos desapareçam por «artes
mágicas». Mas não é magia. Este fenómeno traduz-se numa redução considerável das receitas dos comércios.
Segundo o barómetro, «o perfil do tipo de assaltante que leva a cabo este tipo de acções corresponde a jovens com menos de 30 anos, ladrão profissional ou membro de uma quadrilha organizada e que opera fundamentalmente em zonas urbanas e muito povoadas».
Ladrões alteram preços, inutilizam alarmes e consomem nas lojas
Apesar disso existem outras práticas dos visitantes que também implicam perdas consideráveis como «os roubos fora do horário comercial (arrombamentos), o consumo de produtos nas lojas, as alterações de preços e a utilização de inibidores para anular os sistemas anti-furto».
Características como o valor, o tamanho, a novidade ou a localização na loja aumentam o risco de um produto ser furtado.
O terceiro factor citado, e que supõe 15,6% das perdas, são os erros administrativos e de gestão. Estes estão relacionados com falhas na operacionalidade dos empregados nas lojas e podem ser diversos: etiquetagem incorrecta de produtos, enganos a manusear a caixa registadora, passagem de cartões, e devoluções.
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