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Santander contribui com 340 milhões para ano milionário da banca

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Os quatro maiores bancos privados a operar no mercado português, o BCP, o Santander Totta, o BES e o BPI, lucraram 1,625 mil milhões de euros em 2005, um crescimento de 31% face ao período homólogo.

Os gigantes da banca privada portuguesa conseguiram, num ano pautado por um crescimento da economia nacional em torno dos 0,3%, segundo a última previsão do Banco de Portugal, apresentar lucros recordes.

Em valor absoluto destaca-se claramente o BCP, que alcançou um ganho recorde de 753,5 milhões de euros, quase a soma dos outros três. Em segundo lugar surge o Santander Totta, que também conseguiu em 2005, um ano recorde em termos de resultados assumindo, claramente o segundo posto, com uns expressivos 340 milhões de euros, quase um milhão de euros de lucros por dia para o banco detido pelo Grupo Santander.

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No quarto posto aparece o Banco Espírito Santo, com 280,5 milhões de euros, mas já com o Banco Português de Investimentos a uns «meros» 29 milhões de euros de distância, já que obteve ganhos de 251 milhões de euros.

Em termos de crescimento dos lucros, a tabela assume um cenário diferente, com o BES a assumir a liderança, já que obteve um crescimento de 85%, afastando-se, claramente, de qualquer um dos outros intervenientes. Seguiu-se o BPI, o último em valores absolutos, que trepou 30,2% e o Totta, que viu os resultados avançar 26,8%. O último posto é da responsabilidade do BCP, que viu os resultados subir 24,2%.

Lucros devem subir em 2006

Se os ganhos da banca já foram elevados em 2005, este ano promete ser ainda melhor. Os planos de expansão da banca portuguesa, aliada a uma maior eficiência financeira poderão ser determinantes para mais um ano de recordes.

O BCP quer, até 2008, superar a fasquia dos mil milhões de euros, com um crescimento anual superior a 20%, sendo que tanto o negócio grego como o polaco apresentaram margens de crescimento superiores à da banca em Portugal, pelo que se podem esperar surpresas. Já o BPI tem vindo a expandir a sua actividade em Angola e em Moçambique, mercados que caracteriza como de «grande potencial» e onde pretende assegurar uma maior fonte de rendimento no curto prazo, pelo que as perspectivas de crescimento dos resultados parecem animadoras.

Do BES espera-se o desenvolvimento da actividade de corporate, onde tem vindo a desempenhar um papel de relevo a nível ibérico, para além do bom desempenho no Brasil. Planos de expansão só no mercado espanhol, mas a exposição que tem em várias empresas de relevo, como a EDP, que também estão em expansão, poderão trazer ganhos interessantes sob a forma de dividendos.

O mais limitado em termos de crescimento parece ser o Santander Totta, que por ser a sucursal do Grupo Santander para Portugual, só se pode apoiar no crescimento do mercado nacional. Contudo, tem previstas a abertura de 100 agências até 2008, e pretende reduzir o cost-to-income para uma percentagem próxima dos 40%. Se o conseguir poderá voltar a surpreender em 2006.

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