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Seguros de capitalização cobram 11 milhões a mais

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Deco diz que estes produtos são «uma mina» para bancos e seguradoras

Os seguros de capitalização apresentam uma desvantagem face a outras alternativas de poupança, como fundos de investimento ou certificados de aforro: os custos mais elevados.

De acordo com um estudo da Proteste Poupança, que comparou 23 seguros com capital garantido e rendimento variável, em média, nos seguros de capitalização, por cada entrega é cobrado 1,3%. Mas essa taxa pode chegar aos 3,09%.

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No boletim financeiro, a Deco considera esta comissão «muito penalizadora», quando comparada, por exemplo, com os fundos mistos defensivos, que cobram 0,06%, ou seja, 22 vezes menos.

«Feitas as contas ao montante investido em seguros de capitalização, em 2008, os consumidores pagaram 11 milhões de euros a mais em comissões de subscrição e entrega face ao custo dos fundos mistos defensivos», alerta a associação.

«Os seguros são uma mina para as seguradoras e bancos: a comissão de gestão custa, em média, 0,9% e a de resgate pode custar 5% no primeiro ano», acrescenta.

Falta de transparência e segurança

A associação de defesa do consumidor alerta ainda para a «falta de transparência no modo de aplicar a comissão de subscrição», já que, na maioria dos casos, as apólices indicam que esta é deduzida ao valor entregue. Mais: a informação sobre a rentabilidade é calculada e comunicada só uma vez por ano, o que torna difícil acompanhar a evolução.

A Deco dá mesmo um exemplo: «se a comissão for de 3% e aplicar 100 euros, 3 euros vão para os bolsos da seguradora, ou seja, o investimento foi de apenas 97 euros e a comissão cobrada de 3,09%».

Segundo a Proteste Poupança, estes produtos também «pecam pela falta de segurança. Embora se apelidem de seguros, em caso de falência da seguradora, o mecanismo protector do investidor é inferior ao de outras aplicações. Por exemplo, nos depósitos, o fundo de garantia protege até 100 mil euros por titular. Nos seguros, só as reservas técnicas servem de garantia, estão à guarda seguradora e podem ser insuficientes. Falta criar um mecanismo compensatório externo e independente».

A Deco já enviou as suas reivindicações ao Instituto de Seguros de Portugal e ao Ministério das Finanças e espera que a reforma da supervisão financeira, em consulta pública, aumente a segurança e transparência destes seguros.

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