«Esta é uma crise global daquelas que só se vivem uma vez». É assim que o primeiro-ministro, José Sócrates, descreve a actual situação depressiva que assola a economia mundial.
«Estamos perante uma crise que exige de todos nós uma grande lucidez, sentido de responsabilidade e determinação nas respostas políticas a nível nacional e internacional», disse José Sócrates, esta terça-feira, na abertura do ciclo de conferências da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que decorre até sexta-feira, no Centro de Congressos de Lisboa.
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O chefe do Governo português ressalva que não estamos sobre um «assalto temporal» ou perante um acidente de percurso que se vai resolver nos próximos meses.
Sobre as respostas à crise, que vão no sentido da recuperação, o primeiro-ministro disse que o pior erro, neste momento, seria o da «inacção» e defende que a atitude certa perante esta crise é a «determinação».
Sócrates afirmou ainda ver com satisfação as medidas adoptadas por cada paías para saírem da crise: «vejo com agrado que todos os países adoptam respostas à crise muito semelhantes».
Mas desta situação também podem sair ensinamentos. José Sócrates diz que esta crise «exige mais Europa, mais integração política e mais concertação económica».
O primeiro-ministro português deixou claro que «não se pode responder à crise com as mesmas políticas que lhes deram origem».
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