A taxa de inflação homóloga subiu em Março para 3,1%, face aos 2,9% registados em Fevereiro, revelou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, os Transportes, a Habitação, água, electricidade, gás e outros combustíveis e o Lazer, recreação e cultura foram as classes que apresentaram as contribuições positivas mais significativas para a formação da taxa de variação homóloga.
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A única contribuição negativa verificou-se ao nível das Comunicações.
O INE revela ainda que se verificaram acelerações de preços na maior parte das classes, destacando-se a classe das Bebidas alcoólicas e tabaco, reflectindo, entre outros efeitos, o aumento do preço do tabaco que este ano se começou a fazer sentir junto dos consumidores mais cedo do que em 2007.
Diversamente, assinalam-se as desacelerações no Vestuário e calçado, nos Transportes e na Saúde, sendo a evolução, para estas duas classes, semelhante à do mês anterior.
Também o indicador de inflação subjacente acelerou 0,2 p.p. embora mantendo uma taxa de variação mais baixa (2,8%), tal como vem sucedendo desde Outubro de 2007.
Subida de 1,5% face a Fevereiro
Numa comparação mensal, o custo de vida em Portugal cresceu 1,5%, mais três décimas que em Março do ano passado. «Para este resultado contribuiu de forma determinante a variação mensal observada na classe do Vestuário e calçado», onde os preços aumentaram 18,9%, «reflectindo o efeito da entrada da nova colecção de Primavera-Verão». No caso do vestuário a subida foi de 21,4% e no caso do calçado de 14,3%.
A única contribuição negativa registou-se na classe do Lazer, recreação e cultura, essencialmente justificada pela contribuição da jardinagem. Destacam-se ainda, a nível de subgrupo, as contribuições negativas para a variação mensal dos preços dos veículos automóveis, do peixe e dos produtos hortícolas.
Em termos harmonizados, que permitem uma comparação directa com os parceiros europeus, a variação homóloga taxa de inflação foi igualmente de 3,1% e a mensal de 1,5%. A média dos últimos 12 meses subiu de 2,5 para 2,6%.
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