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Lino dá voto de confiança à actual administração da TAP

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O ministro Mário Lino manifestou a confiança do Governo na administração de Fernando Pinto à frente da TAP, apesar de considerar como «muito negativos» os resultados da transportadora em 2008, que apontam para prejuízos de 280 milhões de euros.

«O Governo está contente com a actual administração. Não está contente com os resultados, mas não foi culpa da actual administração», disse o ministro em entrevista à Lusa.

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Culpa é a da crise

Mário Lino admitiu que os números que a TAP se prepara para apresentar são «muito negativos, como todos reconhecem», mas remeteu as culpas dos prejuízos para os aumentos dos preços do combustível e para a crise económica global, mais do que para as opções estratégicas de Fernando Pinto e da sua equipa.

«É uma equipa com muito prestígio internacional e eu não tenho nenhum desconforto com a administração da TAP. Mas vão agora decorrer eleições (para os corpos sociais da empresa) e o Governo nessa altura tomará a posição que entender que deve tomar», acrescentou, respondendo a uma pergunta sobre a manutenção de Fernando Pinto à frente dos destinos da empresa.

Mário Lino afirmou estar de acordo com a opção da administração de Fernando Pinto em comprar novos aviões em 2009, apesar da actual quebra da procura, considerando que se trata de uma opção estratégica de longo prazo.

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O ministro deu também crédito aos pressupostos da administração da TAP para o Orçamento de 2009, que prevêem um aumento de 6,2 por cento na procura e um aumento de 6,1 por cento na oferta, segundo uma versão com data de 14 de Dezembro a que agência Lusa teve acesso.

«A TAP tem à sua frente uma equipa muito competente e, portanto, não faz essas previsões de forma gratuita, só para dizer que tem um número melhor para apresentar», garantiu o ministro.

«As expectativas é que esta crise se vá resolvendo. O sector da aviação é dos que primeiro vai apresentar reflexos dessa melhoria, porque o transporte aéreo é muito importante para o funcionamento da economia em geral», acrescentou.

Face ao passivo de 2,5 mil milhões de euros que a TAP apresenta, segundo o documento interno a que a Lusa teve acesso, Mário Lino não confirmou notícias recentes de que o Governo se prepara para injectar 200 milhões de euros na empresa, afirmando apenas que o Ministério das Obras Públicas e o Ministério das Finanças estão à procura de uma saída para a empresa, que passará sempre por uma ¿solução integrada¿.

¿A TAP tem procurado dar resposta, procurando novas rotas, procurando racionalizar as suas linhas. Se tem menos passageiros, então há que assumir a coragem de não as prosseguir e eliminá-las¿, disse o ministro.

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