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Salário, horário e categoria decididos pelo empregador

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Mais de 2/3 dos portugueses nunca estiveram sindicalizados

Mais de metade dos trabalhadores portugueses refere que o salário, o horário de trabalho e a categoria profissional na empresa é decidida pelo empregador, sem qualquer consulta ou negociação, segundo um inquérito incluído no Livro Branco das Relações Laborais, avança a «Lusa».

De acordo com um questionário do Internacional Social Survey Programme (ISSP), aplicado apenas em Portugal, 55,3 por cento dos trabalhadores diz que o empregador decidiu unilateralmente o salário, 59,2% o horário de trabalho e 56,% a categoria profissional.

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Estas respostas, adianta o Livro Branco das Relações Laborais, hoje divulgado, «sugerem uma baixa influência das relações laborais internas da empresa na determinação destes três parâmetros (salários, horário e categoria)».

A Comissão do Livro Branco presidida por António Monteiro Fernandes refere que este «fenómeno de hierarquização dos modos de relacionamento laboral na empresa constitui um facto relevante que merecia ser objecto de novos estudos, tendentes a explicar as suas causas e os seus efeitos quer nas relações laborais, quer na produtividade das empresas, quer na motivação dos trabalhadores».

Em relação à sindicalização, o inquérito concluiu que mais de dois terços dos portugueses (68,8%) nunca esteve sindicalizado, mas 43,2% considera que os sindicatos são importantes.

A taxa de sindicalização actual dos respondentes é de 18,4%, o que contrasta manifestamente com a importância que estes atribuem aos sindicatos.

Cerca de 43% concorda que os sindicatos são importantes para a segurança do emprego dos trabalhadores por conta de outrem e 38,9% concorda que sem os sindicatos as condições de trabalho seriam muito piores.

Em Portugal, os níveis de sindicalização são estatisticamente diferentes consoante o tipo de contrato, sendo os trabalhadores sem termo a tempo inteiro que apresentam valores mais elevados de sindicalização (22,6%), seguidos pelos trabalhadores com contratos precários (11,4%) e pelos com contrato sem termo a tempo parcial (4,5%).

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