O actual «chairman» e CEO da Portugal Telecom, Granadeiro, irá continuar a desempenhar os cargos actuais, mas o seu número dois, Zeinal Bava, vai ver os seus poderes reforçados dentro do grupo quando abandonar a presidência executiva da PT Multimédia, a dona da TV Cabo. Como se sabe, o «spin-off» das duas empresas deverá ser concretizado no próximo mês, conforme tem assegurado publicamente Henrique Granadeiro, avança o «Diário Económico».
No entanto, o homem que derrotou o clã Azevedo na OPA que abanou a PT poderá, tendencialmente, reforçar as funções mais próprias de um «chairman», deixando a gestão operacional dos negócios a Zeinal Bava.
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Pelo menos esse é o modelo que parece por de acordo os principais accionistas.
Dois factores impedem que o processo seja definitivamente desbloqueado, segundo apurou o «Diário Económico. O primeiro, muito importante, são algumas dúvidas por parte do Governo. Ou melhor, reticências. Depois das convulsões que o BCP ainda procura resolver, o Executivo quer ter a certeza que as relações entre Granadeiro e Zeinal Bava não acabarão por se degradar, como sucedeu com a relação entre Jardim Gonçalves e Paulo Teixeira Pinto.
Apesar destas preocupações da tutela (que estará nesta altura a efectuar consultas aos envolvidos, procurando garantias e concertando posições para que a maior empresa de telecomunicações do país não caia numa guerra de poder) várias fontes próximas do processo consideram que este modelo de gestão em que, a prazo, Zeinal Bava assumiria as funções de CEO, só não se verificará se acontecer uma «catástrofe».
E catástrofe não é o que espera o Executivo (a quem, nessas conversas, basta a convicção de que pode confiar os destinos de mais longo prazo da PT a Zeinal Bava) sem que este e Granadeiro percam tempo em guerras de poder. Isto é, o Governo está certo e confiante quanto ao papel a dar a Granadeiro, mas espera ainda certezas quanto ao lugar a desempenhar por Zeinal Bava.
O segundo factor é a própria vontade de Granadeiro em ceder esse poder a Zeinal já em 2008, não deixando esgotar o seu mandato.
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