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Portugueses gastam mal o dinheiro

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Autora do livro «Como gastar, poupar e aplicar o seu dinheiro» deixa dicas para melhorar a economia doméstica dos leitores

Se lhe dissessem que gasta mal o seu dinheiro, como reagiria? Mal? Então relaxe, que pelos vistos o problema é mais geral do que à partida possa parecer. É pelo menos a opinião de Isabel Vieira, docente de Economia na Universidade de Évora e autora do livro «Como gastar, poupar e aplicar o seu dinheiro».

Os portugueses gastam mal o dinheiro, têm poucas noções para estabelecer onde podem poupar, e mesmo na questão os investimentos, delegam aos gestores dos bancos, por exemplo, a responsabilidade, lavam as suas mãos!», exclama a autora.

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Isabel Vieira sublinha que a ideia do livro, que não tem pretensão académica, surge da constatação de que mesmo os estudantes da área de finanças e economia não sabem aplicar os conhecimentos à realidade vivida dentro do lar. Acresce que o tema «dinheiro» é muitas vezes tabu na relação conjugal, aliás, «muitas vezes é mais fácil chegar à conclusão de que um casamento falhou do que admitir que alguém está falido», defende a docente.

Educação financeira é como a religião

Apesar de admitir a necessidade de uma educação financeira, a autora defende que a formação não deve passar por uma cadeira obrigatória no currículo escolar, já que em cada casa é praticado um tipo de economia doméstica, baseada na formação, informação e /ou crenças do agregado familiar: «a educação financeira é como a religião, não pode ser estandardizada na escola. As famílias têm direito a escolher a educação financeira dos filhos», reitera a docente.

Planear, planear, planear

Há um segredo para a comodidade financeira? Aparentemente, não. O planeamento é talvez o mais importante a fazer numa primeira fase, até para quem considera que controla os gastos mensais.

«Se fizemos um plano e todos os dias apontarmos os gastos, seja com a conta do supermercado, seja com um café ou com uma prensa de última hora, vamos perceber que gastamos bastante dinheiro e que poderíamos poupar algum dele através de uma gestão mais eficiente», diz Isabel Vieira.

Depois do plano dos gastos, o melhor mesmo é reduzir e começar a poupar, até porque vários autores defendem que o primeiro investimento a fazer é a criação de um fundo de emergência com o equivalente a 6 meses de salário. A partir daí, o caminho é poupar e aplicar o dinheiro.

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