As famílias portuguesas estão a poupar mais. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística, a taxa de poupança cresceu 1,6 pontos para 8,6% no ano acabado no segundo trimestre do ano, face ao ano acabado no primeiro.
A evolução da poupança, aliada à redução do investimento, contribuiu para um aumento da capacidade de financiamento das famílias, que atingiu 3,3% do PIB, face aos anteriores 1,8%.
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Para a melhoria da poupança contribuiu a melhoria no rendimento disponível das famílias, que também recuperou ligeiramente do abrandamento verificado no período anterior, registando-se no 2º trimestre de 2009 uma subida em cadeia de 1% (0,3% no trimestre anterior). Para esta recuperação contribuiu a redução das despesas em consumo privado (-0,8%).
Esta recuperação deve-se, por um lado, à «acentuada redução nos impostos sobre o rendimento (-12,5%)» e, por outro, ao aumento substancial das prestações sociais recebidas.
Estes contributos mais que compensaram o abrandamento na evolução das remunerações e a redução dos rendimentos de propriedade.
Efectivamente, as remunerações apresentaram uma taxa de variação nominal em cadeia de 0,7%, menos 0,3 pontos percentuais (p.p.) que no período anterior. Já o saldo dos rendimentos de propriedade acentuou a sua variação negativa para -8,8%, devido à queda dos juros.
A redução acentuada no investimento, neste período, foi generalizada no conjunto dos sectores das famílias e empresas, estimando-se que tenha atingido uma queda em cadeia de 7,5%.
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