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As pessoas em situação de sem-abrigo em Lisboa começaram hoje a ser vacinadas contra a gripe, no âmbito da primeira campanha de vacinação destinada a esta população, que decorre até sexta-feira, pretendendo chegar até 500 indivíduos.
Segundo o presidente da instituição privada de solidariedade social Associação de Assistência de São Paulo (AASP), Luís Espírito Santo, a primeira campanha de vacinação contra a gripe junto da população sem-abrigo de Lisboa pretende “vacinar o maior número possível” de pessoas que estão na rua e nos abrigos, através de um trabalho em rede com as instituições.
A Unidade Integrativa para a Pessoa que vivia em Situação de Sem-Abrigo, em Lisboa, um projeto da AASP, foi o local de arranque da primeira campanha de vacinação contra a gripe, que decorreu hoje, a partir das 19:00, onde foram vacinas cinco pessoas.
“Há muitos anos que vínhamos a pedir que realmente fossem disponibilizadas estas vacinas à população que vive nesta situação”, disse à agência Lusa Luís Espírito Santo, considerando que os sem-abrigo têm dificuldades a aceder aos pontos de apoio de saúde.
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Segundo o responsável da ARSLVT, a vacinação de pessoas sem-abrigo é “uma área muito prioritária, que era necessária”, explicando que “é difícil chegar até eles”, pelo que a iniciativa conta com a parceria de “entidades que estão no terreno há muito tempo e que têm um profundo conhecimento nesta área”.
A ARSLVT vai disponibilizar as vacinas necessárias para a população sem-abrigo, mas o trabalho de preparação e administração das vacinas conta com a participação da Associação de Assistência de São Paulo (AASP), da Associação Novos Rostos, Novos Desafios (INRND), da Associação VOXLisboa e da Associação Nacional de Tuberculose e Doenças Respiratórias (ANTDR).
“Estamos muito contentes com o acolhimento das instituições, por isso, para o ano e para os anos seguintes, seguramente que iremos continuar”, afirmou Luís Pisco.
Inês Simões, de 29 anos, médica do Hospital de São José e voluntária da VOXLisboa, é responsável pela vacinação das pessoas sem-abrigo, acompanhando o trabalho de outros voluntários e assegurando que, “caso haja algum efeito adverso da vacina, alguma complicação, se possa atuar na hora”.
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“A recetividade tem sido muito boa. Até agora não têm colocado entraves absolutamente nenhuns”, disse a médica voluntária.
A campanha de vacinação vai percorrer até sexta-feira várias instituições de apoio a pessoas sem-abrigo.
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