Para assinalar o décimo aniversário do centro de recuperação de animais, Lisboa acolhe, de quinta a domingo, no Espaço Monsanto, o III Encontro Nacional de Centros de Recuperação de animais selvagens, que conta com a presença de cerca de 30 especialista na área.
Esta tarde, o vereador do Ambiente e Espaços Verdes da Câmara de Lisboa , José Sá Fernandes, participou na sessão de abertura, falando sobre os objectivos deste tipo de iniciativas e das dificuldades financeiras que o centro e a câmara enfrentam.
PUB
Desde 2007, que este centro em pleno «coração» de Monsanto, se dedica à recuperação de animais selvagens com vista à sua libertação, sendo que cerca de 40 por centro ficam aptos para regressar ao habitat natural.
Milhares de animais feridos ou debilitados foram salvos nos últimos dez anos no Centro de Recuperação de Monsanto. Segundo dados da Câmara Municipal de Lisboa, que financia o centro, só nos últimos quatro anos foram salvos cerca de 3 mil animais.
O Centro recebe cada vez mais animais por ano, graças aos novos projectos da GNR e outros grupos, de todo o país, que os encaminham para aqui.
Os animais mais recolhidos são águias de asa redonda, corujas, gaivotas, falcões, cegonhas, gralhas, melros, e mochos. Muitos deles são vítimas de electrocussão, tiros, intoxicação, derrames petrolíferos ou queda de ninhos. Aparecem ainda algumas raposas, cobras, texugos e ouriços.
Para tratar dos animais o centro tem uma clínica e uma unidade de cuidados intensivos, onde é possível fazer tratamentos, intervenções cirúrgicas, radiografias e análises.
O centro tem também o «Parque de Reabilitação» e o «Parque de Irrecuperáveis», onde vivem os animais que por estarem debilitados fisicamente ou por terem sido domesticados, não podem voltar a viver em liberdade.
No centro existe também um Biotério, local com viveiros de reprodução onde se criam aves, mamíferos e insectos para alimentação de animais internados.
PUB