Um homem com cerca de 30 anos foi detido, esta terça-feira, em Portimão, por suspeitas de abuso sexual de uma menor de 10 anos. O indivíduo é funcionário da câmara de Portimão e já terá estado detido pelo abuso de uma outra criança de oito anos. Foi readmitido no posto de operário da autarquia porque foi condenado por um crime que não é de «pena maior».
Apesar de a Polícia Judiciária não confirmar o crime pelo qual o suspeito foi detido na manhã de terça-feira, o Correio da Manhã avança que o indivíduo está indiciado pelo crime de abuso sexual de menores. O funcionário da autarquia já cumpriu uma pena de prisão de três anos e meio por ter abusado sexualmente de uma menor de oito anos. Após ter sido libertado, há cerca de três anos, o indivíduo voltou ao seu posto de trabalho, operário, no Departamento de Obras e Serviços Gerais da Câmara Municipal de Portimão.
PUB
Site português detecta pornografia infantil
Pedofilia: 12 mil suspeitos investigados
Fonte da autarquia adiantou ao PortugalDiário que «a reinserção nos quadros da autarquia decorre do facto do crime praticado não ser um crime de pena maior» conforme prevê a lei para o «caso dos funcionários públicos». A mesma fonte adiantou que o suspeito não se encontra ao serviço e que está a gozar de um período de férias.
DVD com material pedófilo
A Polícia Judiciária acompanhada pelo suspeito visitou as instalações da autarquia com o intuito de revistar o cacifo do funcionário, no entanto, não terão encontrado «nada», segundo a mesma fonte. O mesmo não terá sucedido aquando da busca à casa dos pais do suspeito, onde terão sido encontrados um computador e oito DVD com material pedófilo retirado da Internet.
PUB
O funcionário da autarquia era tido como «acima de qualquer suspeita» e «cumpridor». Foi também membro da fanfarra dos bombeiros voluntários e de um grupo de teatro.
Vítima abusada no quarto do suspeito
O homem é suspeito de dois abusos sexuais completos a uma menor de 10 anos, filha de uma amiga do suspeito. A menina terá sido abusada no quarto do suspeito em casa dos pais, enquanto a progenitora conversava na sala com a mãe do ex-recluso. Os alegados abusos, que terão ocorrido no Verão passado, teriam sido revelados em avaliações psicológicas pela menor à Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Portimão, que a acompanhava num outro processo, e após uma amiga da progenitora ter alertado aquela comissão para os antecedentes criminais do indivíduo.
O suspeito foi ouvido na PJ durante várias horas pelos investigadores, mas acabou por sair em liberdade das instalações, sujeito a termo de identidade e residência. Fonte do Tribunal de Portimão disse à agência Lusa, que o processo «foi hoje apresentado ao juiz de instrução criminal que irá marcar a data do primeiro interrogatório judicial». O homem não foi presente ao juiz «por não se encontrar detido pelo Ministério Público», acrescentando que se «trata de um procedimento normal».
PUB