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Hospital: médicos ameaçam com demissão

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Cascais: caso ARS de Lisboa avance com protocolo que determina o imediato encerramento da cirurgia oncológica

Vinte chefes de serviço e membros da direcção clínica do Hospital de Cascais ameaçam demitir-se caso a Administração Regional de Saúde de Lisboa avance com um protocolo que determina o imediato encerramento da cirurgia oncológica, noticia a Lusa.

A inexistência da valência de oncologia médica no novo hospital concelhio, cuja abertura está prevista para 2009, tem motivado protestos de profissionais da saúde, da autarquia e da comissão de utentes, que já entregou na Assembleia da República uma petição com mais de 18.600 assinaturas para pedir a anulação da decisão.

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No entanto, segundo disse à Lusa o chefe da actual unidade da especialidade, Maurício Chumbo, estava prevista para quinta-feira a assinatura de um protocolo «arrasador» que estipularia não só o encerramento da oncologia médica, mas também o da cirurgia oncológica, na sexta-feira.

Perante a possibilidade, vinte chefes de serviço e elementos da direcção clínica enviaram um documento ao Conselho de Administração e à Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo alertando para o impacto da medida - que garantem quebrar em cerca de 50 por cento a actividade cirúrgicas realizada no hospital -, e ameaçaram colocar os lugares à disposição.

«Pela primeira vez todos toda a gente se tornou solidária com esta questão, porque mexia com todos os serviços, mas só avançamos com a demissão no caso de o protocolo ir para a frente. Para já, não começou na data prevista, o que já é bom», referiu Maurício Chumbo, sublinhando que o fim das operações relacionadas com a especialidade será «péssimo» para a população local e prejudicaria o prestígio da instituição.

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Contactado pela Lusa, o presidente da ARS, António Branco, garantiu que os argumentos dos possíveis demissionários estão a ser analisados e admitiu a possibilidade de serem feitas alterações ao protocolo, mas lembrou que o documento serve apenas para autorizar o contrato a ser celebrado com os novos gestores da unidade de saúde.

«O fim da cirurgia oncológica não é novidade, faz parte do contrato e a alteração deste não está nas mãos da ARS. Continua a ser obrigação do hospital diagnosticar novos casos, mas quando o doente precisa de cirurgia já terá de ser reencaminhado».

«Apesar da apreciação relativa ao impacto negativo do encerramento nos parecer estranha, porque não bate certo com as nossas contas, vamos as dúvidas técnicas suscitadas merecem atenção e vamos apurá-las», assegurou, adiantando que a assinatura do protocolo, «na versão original ou com algumas alterações», ainda não está agendada.

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