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FNE «insatisfeita» com resultados de exames

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Federação Nacional de Educação defende que profissionais precisam de «mais tempo»

O secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE) afirmou esta sexta-feira que os professores estão «insatisfeitos» com os resultados dos exames do secundário, mas advertiu que os profissionais precisam de «mais tempo», escreve a Lusa.

«Estamos muito insatisfeitos e temos que repensar sobre os resultados nas escolas», disse João Dias da Silva, que falava à Lusa à margem da cerimónia de tomada de posse enquanto presidente do Sindicato dos Professores da Zona Norte (SPZN).

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O responsável referiu, contudo, ser esse «trabalho de reflexão e de alteração de práticas e de encontro de novas soluções que deve ser feito nas escolas, em vez de se andar a perder tempo a fazer grelhas de avaliação».

No seu entender, os exames do secundário «eram provas que deveriam ser bem resolvidas pela maioria dos alunos», sendo que os resultados demonstram que «há falta de trabalho» e que é preciso «melhorar práticas e metodologias, mas é preciso dar tempo aos professores para que possam ser professores».

João Dias da Silva defendeu ainda que «os pais têm que ser responsabilizados» neste processo, porque os professores têm obrigação de trabalhar mas os alunos também.

«É preciso sublinhar a necessidade do esforço para obter resultados escolares, não é por mera impregnação que se adquire conhecimento. É necessário que as famílias contribuam com exigência aos alunos. O caminho do incentivo a bons resultados escolares tem que ser conduzido em paralelo pela família e pela escola», concluiu.

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No seu discurso de tomada de posse, Dias da Silva defendeu que o dia 1 de Setembro tem que «marcar um novo modelo de avaliação de desempenho», que sirva essencialmente para melhorar práticas.

«Não há alternativa, este modelo que tivemos terminou sem os seus dias de glória», sublinhou.

A «qualidade em causa»

Mas o secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE) afirmou também que o programa de reorganização curricular «corresponde a uma diminuição da necessidade de professores», o que poderá «pôr em causa a qualidade e a equidade» do ensino.

Em declarações à Lusa, João Dias da Silva disse que esta reorganização, apesar de representar «um crescimento» na formação do português e matemática, «corresponde a uma diminuição das necessidades de professores para garantir o funcionamento do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico».

A FNE, disse, entende que esta redução do número de professores «é uma das consequências» das orientações do Ministério da Educação para redução de despesas, mas «será com certeza possível reduzir despesas em muitos outros sítios e não à custa de professores».

Para João Dias da Silva, esta situação «pode por em causa a qualidade e a equidade do funcionamento» do sistema educativo.

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