Mais de uma centena de obras atribuídas a Andy Warhol são na realidade falsificações efectuadas três anos após a sua morte, anunciou sexta-feira o Museu Nacional de Arte Moderna de Estocolmo, refere a Lusa.
Segundo o Museu, um total de 105 «Brillo Box», esculturas inspiradas em verdadeiras embalagens de cartão da marca de detergentes Brillo, atribuídas a Warhol, foram fabricadas em 1990, por ocasião de uma exposição em São Petersburgo.
PUB
«As caixas de 1990 são cópias de exposição e foi para esse efeito que foram fabricadas. As caixas não são autorizadas e deveriam ser retiradas da lista oficial das caixas Brillo de Andy Warhol», conclui o museu sueco numa pesquisa sobre a autenticidade destas obras.
O museu de arte moderna sueca afirma possuir seis destas falsificações.
O museu comparou as caixas falsas às originais, fabricadas em 1968 com autorização de Andy Warhol.
Segundo informa o Museu, as esculturas falsas foram efectuadas três anos após a morte do artista americano, que viveu entre 1928 e 1987.
O museu sueco, que afirma retirar estas falsificações do catálogo da sua colecção, debruçou-se sobre este assunto após o jornal sueco Expressen o ter referido na Primavera.
As cópias terão sido fabricadas num ateliê em Malmo, no Sul da Suécia, segundo adianta o jornal que citou Arne Göransson, ex-responsável técnico do centro cultural de Malmo que afirmava ter fabricado as referidas caixas em 1990.
Ainda segundo o jornal, algumas das falsificações teriam sido postas à venda com a autentificação de terem side expostas numa retrospectiva do artista no museu de arte moderna de Estocolmo em 1968.
O museu indica que as seis caixas Brill que possui lhe foram doadas em 1995 por Pontus Hulten, um antigo director do Museu e perito de renome internacional.
PUB