«A minha mãe ganso», de Maurice Ravel, é uma obra que o compositor escreveu para crianças a partir de histórias infantis e vai abrir, a 3 de Novembro, os concertos comentados da Orquestra Gulbenkian, refere a Lusa.
Ravel compôs esta obra para dois filhos de um casal amigo, explicou Catarina Molder, directora artística do programa «Descobrir a Música», um projecto educativo da Fundação Gulbenkian que tem como principal objectivo estimular o gosto pela música junto do público infantil e juvenil.
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É no âmbito deste projecto que se realizam os concertos comentados da Orquestra Gulbenkian, que não excedem uma hora e cujas peças musicais são antecedidas de comentários que contam as histórias que estão por detrás da obra e procuram dar pistas para uma audição mais activa.
«Ravel sempre adorou crianças, fez imensas obras para crianças e esta obra surge porque ele quer fazer uma peça para ser tocada a quatro mãos. Ele escreve cinco peças pequeninas (um embrião da suite para bailado que vai compor a partir dessas histórias) e inspirou-se no conto tradicional de Charles Perrault», acrescentou a mesma responsável.
A música surge aliada à magia das histórias onde as personagens são príncipes e princesas, os animais falam e os objectos ganham vida.
O clarinete pode representar a princesa enquanto o contrafagote assinala a presença do monstro, por exemplo.
O público mais jovem tem recebido bem estes concertos, que na temporada passada (este é o terceiro ano da iniciativa) tiveram salas completamente cheias, segundo a mesma responsável.
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Estes concertos, que se prolongam até ao final de Maio, têm sessões aos sábado à tarde, destinados essencialmente às famílias, e às sextas-feiras, para as escolas, mas qualquer pessoa pode assistir. Os bilhetes custam cinco euros.
Ao longo da temporada serão apresentados programas com obras de Benjamin Britten, de Serguei Prokofiev (Pedro e o Lobo, num concerto com desenho ao vivo), Igor Stravinsky, Bela Bartok e Wolfgang Amadeus Mozart, entre outros.
Mas o projecto «Descobrir a Música» não se esgota nos concertos comentados. Há outras iniciativas como oficinas, visitas e cursos livres que têm um papel de complementaridade.
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