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Linha de sintra vai ter nova passagem pedonal

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Passagens de nível sem guarda têm vindo matar pedestres «sucessivamente»

A Rede Ferroviária Nacional (REFER) anunciou hoje que foi confirmada a empreitada de construção da passagem superior pedonal na estação ferroviária de Barcarena, que funcionará provisoriamente até à conclusão das obras de quadruplicação da via, escreve a Lusa.

A empreitada, num valor de 248.989 euros e com um prazo de execução de 120 dias, foi conferida à MTR - Gestão, Consultadoria & Comércio, Lda, que «fica responsável pelo desenvolvimento do projecto, fabrico e montagem da estrutura», adianta a REFER em comunicado.

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Trata-se de uma estrutura metálica com dois metros de altura, que vai vencer um vão de cerca de 30 metros, correspondente à largura da futura via quádrupla. Os seus acessos serão assegurados por uma rampa do lado de Massamá e escadas e elevador do lado de Tercena.

Toda a passagem e acessos ficarão dotados de coberturas e de protecções laterais, assim como de iluminação pública. Será ainda prolongada a guarda (vedação metálica) em ambos os lados da via.

A REFER refere que «ficam assim asseguradas, em boas condições de conforto e segurança, os atravessamentos desnivelados na Estação de Barcarena, garantindo-se as acessibilidades dos utentes com mobilidade reduzida».

A Comissão de Utentes da Linha de Sintra (CULS) tem exigido várias medidas à REFER para impedir as «sucessivas» mortes por atropelamento nas passagens de nível sem guarda da Linha de Sintra.

Em Agosto o esgrimista português, Hugo Guerra, 25 anos, que ganhou a medalha de prata na última época do campeonato nacional de espada, morreu junto à estação de Barcarena ao ser colhido por um comboio que fazia a ligação Lisboa-Sintra.

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Contactado pela Lusa, o porta-voz da Comissão de Utentes da Linha de Sintra, Rui Ramos, disse que, apesar de ficar satisfeito com a construção da passagem pedonal, «a REFER continua a persistir no erro de não colocar guardas na passagem de nível».

A CULS exige, além da presença de guardas nas passagens de nível, que «as passagens desniveladas sejam construídas sem barreiras arquitectónicas e, que os comboios sem paragem nestas estações as passem a atravessar em velocidade moderada e não a grande velocidade, como acontece presentemente, apesar dos vários alertas à CP Lisboa».

«Não nos iremos calar, e vamos proceder a reuniões com as câmaras municipais de Sintra, Oeiras e com o provedor de justiça», referiu Rui Ramos, lembrando que já foram pedidas reuniões na semana passada à REFER.

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