A directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal garantiu esta quinta-feira que nunca teve qualquer problema com o Procurador-geral da República na sequência do caso Freeport e que o ambiente dentro do DCIAP está «pacificado», escreve a Lusa.
«Nunca houve nenhum problema com o procurador-geral da República (PGR), sou demasiado amiga dele [Pinto Monteiro] e ele meu para termos problemas», afirmou a procuradora-geral adjunta Cândida Almeida, no final de uma cerimónia de homenagem a um magistrado já falecido no Supremo Tribunal de Justiça, em Lisboa.
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Cândida Almeida assegurou ainda que as relações com o PGR, Pinto Monteiro, estão «pacificadas».
Questionada sobre o ambiente no DCIAP, Cândida Almeida disse que os procuradores que lá trabalham sentem-se como «um meio de resolução de problemas» e têm como objectivo servir a Justiça e ser transparentes.
«Não perseguimos ninguém injustamente, fazemos a Justiça», afirmou.
Sobre a colocação no despacho final do caso Freeport de 27 perguntas que os procuradores pretendiam fazer ao primeiro ministro e que «por falta de tempo» não fizeram, a responsável do DCIAP disse que foi um elemento de «transparência e lealdade».
«A crítica jurídica é livre, mas obviamente que os magistrados fizeram o que a sua consciência ditou», disse.
Quanto à sua relação com os dois procuradores encarregues do caso Freerport, Paes Faria e Vítor Magalhães, a directora garantiu que estiveram sempre «em permanente colaboração» e que «agora está tudo pacificado, está tudo bem».
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