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«Não fumo mais»: casos de sucesso

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Com maior ou menor stress, com menos ou mais ansiedade, os testemunhos de quem deixou o tabaco sem «ajudas». Estórias de coragem, mas também de saúde. Saiba como começaram e as estratégias para nunca mais pegarem num cigarro Histórias do último cigarro

Mário Gomes tinha 36 anos quando decidiu largar o vício. Fumava quatro maços por dia, que o mesmo é dizer: 80 cigarros. Tinha começado, anos antes, a pretexto de noitadas de estudo. «Convencia-me de que um cigarro na mão ajudava à concentração», recorda.

No dia em que decidiu dar o primeiro passo, «estava na praia e disse: deixo de fumar no dia 1 de Janeiro». Ninguém acreditou, a não ser o próprio, que teve «vários meses» para se mentalizar: «Dizia para comigo: faltam três meses para deixar de fumar, falta um mês, uma semana, ...». Ao mesmo tempo, ia reduzindo a dose diária de nicotina.

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«Quando faltavam cinco minutos para a meia-noite, fumei o último cigarro», recorda. «De seguida dirigi-me à casa de banho, lavei os dentes três vezes, tomei um longo banho de imersão e esfreguei bem as unhas».

Seguiu-se «uma lista dos alimentos proibidos: álcool, café, comidas condimentadas, no fundo, tudo o que puxasse ao cigarro». «Comecei a beber muita água», conta.

A primeira semana foi passada sob «grande nervosismo», mas não tardou a perceber que dos 80 cigarros fumados diariamente, apenas três lhe proporcionavam verdadeiro prazer: «Refiro-me aos que fumava a seguir às refeições».

O tempo ajudou a esquecer o vício e uma coisa garante: «Nunca mais voltei a fumar, nem a pretexto de jantaradas, ocasiões festivas ou momentos de stress». As vantagens superaram largamente o nervosismo inicial: «Sinto-me muito melhor», assegura.

Um vício de criança

João Melo começou a fumar aos 11/12 anos. No início eram barbas de milho seco e um cigarrito «roubado» ao pai, depois começou a trabalhar e «já tinha dinheiro para o vício». Há 50 anos atrás, ainda miúdo, a trabalhar num mundo de adultos, fumar «era um sinal de afirmação e de machismo», conta.

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Aos 39 anos fumava dois maços por dia. Ainda solteiro e em noitadas de fim-de-semana fumava ainda mais. A seguir ao almoço, conta, «enquanto sentia o sabor do café, fumava quatro ou cinco cigarros seguidos. Fumava compulsivamente, sem parar».

Um dia, no final de uma festa de fim-de-ano, que terminou às sete da manhã, sentiu-se «completamente intoxicado». Começou então a mentalizar-se que tinha de parar e deixou de fumar durante a manhã. Até que um dia ficou constipado e o cigarro a seguir ao almoço lhe soube mal. Deitou-o fora e decidiu: «Não fumo mais». E assim foi.

«Não bati com a cabeça na parede, não engordei, limitei-me a fazer exercício físico». 21 anos depois de ter acabado com o tabaco não tem dúvidas: «Ganhei saúde. Antes, corria e só conseguia fazer três quilómetros, hoje sou mais velho e corro dez quilómetros, três vezes por semana».

[Leia outros casos de sucesso: Histórias do último cigarro]

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