A Confederação Europeia de Polícia (EuroCop) pediu ao ministro da Administração Interna de Portugal para garantir os direitos fundamentais dos representantes sindicais da polícia, avança a agência Lusa.
Dois representantes da EuroCop estiveram esta quarta-feira em Lisboa, onde mantiveram reuniões com representantes de todos os partidos políticos, à excepção do PS, para abordar a questão da liberdade sindical na polícia e da recente suspensão preventiva do presidente do Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL), Armando Ferreira.
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A Confederação Europeia de Polícia pediu também uma reunião ao ministro da Administração Interna, Rui Pereira, mas, segundo a EuroCop, este recusou o encontro.
Numa conferência de imprensa, realizada na sede do SINAPOL, em Lisboa, Jan Schonkeren, membro do comité executivo da EuroCop, considerou «indigno de uma república democrática» a suspensão de um presidente de um sindicato de polícia, sublinhando que Armando Ferreira está a ser «vítima de perseguição».
Jan Schonkeren adiantou que a confederação está «desapontada» com o ministro Rui Pereira por ter «recusado» discutir a suspensão do presidente do SINAPOL.
«É da responsabilidade de qualquer ministro de um estado democrático garantir que os direitos substantivos e processuais sejam respeitados na polícia, mesmo em Portugal», afirmou.
O membro do comité executivo da EuroCop sublinhou ainda que o ministro português «deu a impressão que não estava interessado» em dialogar sobre o assunto.
A Direcção Nacional da PSP anunciou a 08 de Setembro a instauração de um processo disciplinar e «a suspensão preventiva» da Polícia ao presidente do Sindicato Nacional da Polícia, Armando Ferreira, pela difusão de um pré-aviso de greve e «posteriores declarações» à comunicação social.
A suspensão, de 90 dias, foi resultado da difusão de um pré-aviso de greve do SINAPOL para o período entre 19 e 21 de Novembro, durante a realização da cimeira da NATO em Lisboa.
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