O director-geral da Saúde, Francisco George, afirmou esta quarta-feira que, a surgir um caso de gripe suína em Portugal, será sempre um caso importado, e não resultante de uma cadeia de transmissão em Portugal.
«Temos de distinguir o que é a transmissão em cadeia e o que é um caso importado», afirmou Francisco George na Comissão Parlamentar de Saúde, onde foi ouvido sobre a gripe causada pelo vírus H1N1.
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No Reino Unido há dois casos confirmados, em Espanha há outros dois e na Alemanha há três, mas todos eles são importados e não resultam de transmissão interna, exemplificou.
O director-geral da Saúde reiterou que até ao momento não há qualquer caso confirmado da doença em Portugal, mas sublinhou que estas palavras «são válidas hoje e à hora» em que as profere.
Garantiu ainda «total transparência» na difusão de informação sobre a gripe, lembrando que as epidemias não se controlam sonegando informação.
Por outro lado, Francisco George defendeu que não se deve falar em «casos suspeitos» nem se deve usar a expressão «gripe suína», estando para breve o «baptismo» desta nova estirpe.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou no sábado para o «pontencial pandémico» do novo vírus da gripe suína, que teve teve origem na estirpe animal do vírus H1N1.
O vírus - raro segundo as autoridades sanitárias - transmite-se de pessoa para pessoa, tendo sido descoberta uma fonte de transmissão aviária, duas suínas e uma humana.
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