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Mário Machado irrita-se em julgamento e sai da sala

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Em causa esteve o testemunho de um inspector-chefe da Polícia Judiciária

O julgamento de Mário Machado, dirigente da Frente Nacional, e de outros sete arguidos, acusados de alegada associação criminosa, ficou, esta terça-feira, marcado pelo testemunho de um inspector-chefe da Polícia Judiciária que irritou o reú.

Pedro Pratas, inspector-chefe da Direcção Central de Combate ao Banditismo (DCCB), revelou que os três queixosos no processo em julgamento no Tribunal de Loures tinham determinadas profissões e que desconhecia condenações anteriores por tráfico de estupefacientes, o que levou Mário Machado a insurgir-se com veemência.

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O líder do movimento Hammerskins de Portugal, conotado com a extrema-direita, afirmou que se tratava «de mentira» que um dos queixosos fosse «designer gráfico», outro «taxista» e o último «vendedor de frutas e legumes», como referiu o agente da PJ, o segundo a ser ouvido no julgamento.

Visivelmente irritado, Mário Machado pediu à presidente do colectivo de juízes, Susana Fontinha, para se ausentar da sala de audiência para se deslocar à casa-de-banho, tendo-lhe sido dada autorização.

O advogado de Mário Machado chegou mesmo a questionar Pedro Pratas sobre uma busca realizada pela PJ à casa de um dos queixosos, no Algarve, com o inspector-chefe a confirmar o facto e a revelar que, inicialmente, o aludido «figurou como suspeito do tráfico de armas».

«Não é relevante o tribunal saber se os queixosos têm esta ou aquela profissão, mas definir uma personalidade é importante para o apuramento da verdade dos factos», disse aos jornalistas o advogado José Manuel de Castro.

A segunda sessão do julgamento, que começou com um dos arguidos a queixar-se que «oito detidos foram transportados num veículo celular com capacidade apenas para quatro», prossegue na tarde de hoje, com a audição de mais três inspectores da PJ envolvidos na investigação.

Neste processo, Mário Machado e os outros arguidos, quatro dos quais detidos preventivamente, estão ainda indiciados de tentativa de rapto, posse de armas de fogo, ofensas à integridade física e extorsão a três vítimas do sexo masculino.

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