Maria das Dores foi condenada a 23 anos de prisão pelo «homicídio qualificado» do marido, o empresário Paulo Cruz, de acordo com a sentença lida pelo colectivo de juízes no tribunal da Boa Hora, Lisboa.
Maria das Dores não ouviu a leitura da sentença por ainda não ter recuperado de uma alegada tentativa de suicídio na prisão, no passado fim-de-semana.
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O ex-motorista de Maria das Dores, João Paulo Silva, a quem a arguida encomendou a morte do marido, foi também condenado a uma pena de prisão de 20 anos, em cúmulo jurídico, por «homicídio qualificado» e «furto».
O autor material do crime, o carpinteiro Paulo Horta, foi condenado a 18 anos em cúmulo jurídico pelos mesmos crimes.
Foi Paulo Horta quem, a 20 de Janeiro de 2007, agrediu mortalmente Paulo Cruz, com uma marreta das obras, no interior de um apartamento em Lisboa.
Nas alegações finais, o Ministério Público (MP) tinha pedido que o tribunal fosse «implacável» na pena.
Durante o julgamento, que decorreu no Tribunal da Boa Hora, Lisboa, João Paulo Silva e Paulo Horta admitiram que combinaram com Maria das Dores receber 150 mil euros para matar o empresário.
O advogado assistente da família da vítima tinha pedido a aplicação da pena máxima de prisão (25 anos) para cada um dos arguidos.
Os três arguidos estão em prisão preventiva há mais de um ano.
Paulo Jorge Horta (cabo-verdiano) e João Paulo Silva (brasileiro) serão expulsos do país após cumprirem pena.
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