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Padre recusa sacramentos a quem não pagar

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Barcelos: sacerdote exige um dia de salário por mês a paroquianos

Um padre, que tem quatro paróquias no concelho de Barcelos (Campo, Couto, Roriz e Tamel S. Fins), exige dos crentes a entrega de um dia do salário mensal (a chamada côngrua), noticia o Diário de Noticias (DN). Caso isto não aconteça, o padre Avelino Castro, de 29 anos, deixará de ministrar os sacramentos aos incumpridores.

A edição desta segunda-feira do DN assinala que este aviso foi feito no boletim paroquial e no final da eucaristia de domingo e que terá indignado alguns paroquianos. Pois além de terem de começar a ter de pagar o valor acima referido, quem não respeitar os prazos ver-se-á obrigado a pagar uma multa de 50 euros por cada ano em falta. Desta obrigação nem sequer os reformados com pensões baixas estão isentos.

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A côngrua de 2008 terá de ser paga até Fevereiro, refere o jornal, apontando que em Roriz 182 entre 622 famílias estão em falta.

«Arrogante e dramático»

«O padre foi arrogante e dramático. Exigiu dinheiro a reformados, disse que não o vão fazer de lorpa, que a pensão deles é mais de 10 euros por dia. Mas esquece-se que alguns passam fome e não têm luz eléctrica», refere uma paroquiana, citada pelo DN.

Uma outra também não poupou nas críticas: «Tirar o meu filho da catequese, não fazer baptismos e pôr medo à minha mãe, que agora acha que não tem quem a enterre, é de loucos».

O sacerdote terá dito, segundo esta última pessoa, citada pelo DN, que para os funerais dos «incumpridores» «a igreja será alugada e quem quiser arranje outro padre».

Padre nega acusações e diz que pessoas estão mal habituadas

O padre Avelino Castro recusa ter proferido as afirmações que lhe são atribuídas pelos paroquianos descontentes em declarações ao diário, mas sublinha de forma clara que «há direitos e deveres», a que os crentes estão obrigados.

«Esta é como a carta da EDP com aviso de recepção. A Igreja é livre para todos, mas há direitos e deveres, temos de ser justos. As pessoas estiveram mal habituadas nos últimos 50 anos», disse ao DN, realçando que «quem paga os direitos paroquiais fica isento de pagar qualquer serviço paroquial».

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