A Comissão Eventual dos Fogos Florestais defendeu, esta terça-feira, no debate do seu último relatório o prolongamento do seu mandato, considerando que foi decisiva para apurar o que aconteceu durante a época dos incêndios de 2006, anuncia a Agência Lusa.
No segundo relatório, destinado a fazer o balanço final da última época de incêndios, a Comissão Eventual dos Fogos Florestais propõe o prolongamento do seu mandato ou a criação de uma solução alternativa que permita prosseguir o acompanhamento da Política Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios e a sustentabilidade das medidas adoptadas pelo Governo.
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A Comissão justifica que a sua actividade durante o período das férias parlamentares «foi decisiva para um conhecimento mais concreto da evolução» dos fogos e que é necessário dar continuidade ao trabalho desenvolvido dado que 2007 se afigura «como um ano decisivo em política de Defesa da Floresta Contra Incêndios».
Em relação aos incêndios do Verão passado, a Comissão «considera os resultados obtidos em 2006 globalmente positivos», salientando a «redução significativa da área ardida face aos últimos anos».
Apesar deste cenário, a organização diz-se consciente de que «ainda existe um longo caminho a percorrer, sobretudo quando os cenários das alterações climatéricas indicam um agravamento das condições de risco no Sudoeste europeu».
Com vista a este objectivo, a Comissão faz dez recomendações. Uma das recomendações visa «dotar de mais e melhores acessos as Áreas Protegidas que apresentam elevada vulnerabilidade aos incêndios florestais» e prosseguir o reforço das equipas de sapadores florestais e de criação de mais postos de vigia.
Sensibilizar os autarcas para a promoção da gestão e ordenamento do espaço rural é outra das sugestões, assim como a urgente conclusão e aprovação dos Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios e os Planos Operacionais Municipais com vista a uma optimização dos meios disponíveis.
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