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Lisboa ajuda no regresso de enfermeiras à Bulgária

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Presidência portuguesa da UE foi um dos intervenientes nas negociações pelo indulto

O primeiro ministro, José Sócrates, teve esta terça-feira de manhã «conversas informais» relativas à libertação das enfermeiras búlgaras que se encontravam detidas na Líbia, revelou fonte do seu gabinete, escreve a Lusa.

Segundo a mesma fonte, os contactos de José Sócrates decorreram da coordenação pela Presidência Portuguesa da União Europeia (UE) do processo que conduziu à sua libertação.

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Em Bruxelas, o presidente em exercício do Conselho da UE, o ministro português dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, comentou que o objectivo da presidência portuguesa, o repatriamento para Sófia, havia sido cumprido.

As cinco enfermeiras e o médico búlgaros condenados a prisão perpétua na Líbia por alegadamente terem contagiado intencionalmente mais de 400 crianças líbias com o vírus da Sida, foram esta terça-feira extraditadas para a Bulgária, onde à chegada receberam imediatamente o indulto presidencial.

A presidência portuguesa esteve «em contacto permanente» com a comissária das Relações Externas, Benita Ferrero-Waldner, «que negociou em nome da Comissão as condições que permitiram às enfermeiras búlgaras serem repatriadas para a Bulgária».

Luís Amado acrescentou que Lisboa tinha como objectivo «que as enfermeiras búlgaras fossem para a Bulgária o mais rapidamente possível» e que a presidência considerou que «todo o esforço de intermediação que pudesse contribuir para a realização deste objectivo» era favorável.

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Um caso que começou há oito anos atrás

Detidas desde Fevereiro de 1999, as enfermeiras Kristiana Valtcheva, Nassia Nenova, Valia Tcherveniachka, Valentina Siropoulo e Snejana Dimitrova, bem como o médico de origem palestiniana, recentemente naturalizado búlgaro, Achraf Joumaa Hajouj, regressaram esta terça-feira à Bulgária num avião oficial francês.

Com as cinco enfermeiras e o médico búlgaros também regressou o médico Zdravko Georgiev, marido de Kristiana, que também esteve detido, mas que foi absolvido em 2004 quando os outros foram condenados à morte.

Os seis foram condenados à morte em 2004 por terem sido considerados culpados de propagar intencionalmente em 1999 o vírus da sida a 438 crianças líbias da cidade de Benghazi, das quais 56 vieram a falecer.

Recentemente, as autoridades líbias comutaram a pena das cinco enfermeiras e do médico para prisão perpétua.

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