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Tuberculose: descoberta proteína «chave»

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Investigadores descobriram que uma única proteína controla virulência da bactéria

Investigadores de Espanha, França, Canadá, Holanda, Bélgica e México descobriram que uma única proteína, que denominaram de «PhoP», controla a virulência da bactéria que provoca a tuberculose.

Esta descoberta será publicada quinta-feira, com o título «PhoP: Uma peça-chave no puzzle da virulência da Mycobacterium tuberculosis», na revista «PloS One», disse à agência EFE Jesús Gonzalo-Asensio e Carlos Martín, da Universidade de Saragoça e coordenadores do trabalho financiado por dois projectos da União Europeia e do Ministério espanhol da Ciência e Tecnologia.

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Avanços na cura da tuberculose

Doenças respiratórias atingem 40 por cento

A equipa internacional, integrada por nove cientistas, um deles do Instituto Pasteur de Paris, trabalhou durante os últimos dez anos em redor de uma nova vacina contra a tuberculose, que funcione melhor que a actual BCG e que em 2009 começará com ensaios clínicos em humanos, explicou Gonzalo-Asensio.

Nesta vacina (SO2), a diferença com a BCG, foi eliminada mediante técnicas de engenharia genética em um único gene, o «PhoP», da bacteria «Mycobacterium tuberculosis», causadora de uma doença que anualmente mata mais de dois milhões de pessoas em todo o mundo.

Após comprovar a eficácia dos primeiros ensaios clínicos em animais, como ratos e cobaias, os investigadores procuraram averiguar porque razão a SO2 oferece melhores resultados que a BCG, uma vacina derivada da «Mycobacterium bovis».

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Os investigadores estudaram a nivel molecular o gene «phoP» e descobriam que produz uma proteína («PhoP»), que regula a manifestação de um grande número de genes da «Mycobacterium tuberculosis», englobados dentro de uma série de redes de factores de virulencia.

Gonzalo-Asensio realçou que essa proteína controla diferentes aspectos do metabolismo da bacteria quando infecta células humanas.

A partir daí, a hipótese avançada pelos investigadores é a de que se se elimina a «PhoP» não se verificam as manifestações de virulência da bactéria e que as funções que necessita para sobreviver no corpo humano são defeituosas.

Proteger sem produzir a doença

Isto explicaria porque razão esta vacina é capaz de proteger contra a tuberculose sem produzir a doença, sublinhou Gonzalo-Asensio, que juntamente com Carlos Martín, integra o programa de Doenças Respiratorias do Centro de Investigação Biomédica em Rede (CIBER).

A nova vacina contra a tuberculose está à espera de ser produzida pela indústria farmacêutica, após um acordo assinado em finais de Dezembro de 2007, entre a Universidade de Saragoça e a Fundação estatal espanhola Genoma.

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