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Historiadora ganha Prémio Pessoa

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Irene Pimentel tem dedicado a sua investigação à época do Estado Novo. Esta é a segunda vez que o galardão, um dos mais importantes do país, é atribuído a uma mulher «Uma das figuras mais notáveis da actual historiografia portuguesa»

Irene Pimentel venceu esta sexta-feira o Prémio Pessoa, anunciado pelo presidente do júri, Francisco Pinto Balsemão, numa cerimónia que teve lugar em Cascais.

Para a historiadora, receber o Prémio Pessoa é uma «uma emoção tremenda», considerando que a distinção é «sobretudo dedicada aos investigadores de história contemporânea».

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Irene Pimentel, 57 anos, é autora de vários trabalhos sobre o Estado Novo, o último dos quais «Mocidade Portuguesa Feminina» foi lançado esta semana. Também este ano, publicou «História da Pide».

Irene Flunser Pimentel licenciou-se em História pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, em 1984, concluiu o Mestrado em História Contemporânea e este ano acabou o seu Doutoramento sobre a PIDE/DGS, Polícia Política do Estado Novo (1945-1974).

«Trabalho sério, meticuloso e despreconceituoso»

Segundo Fernando Dacosta, Irene Pimentel tem desenvolvido «um trabalho sério, meticuloso e despreconceituoso» nas suas pesquisas sobre o período do Estado Novo, sendo por isso «boa, oportuna e gratificante» a sua escolha como vencedora do Prémio Pessoa.

Dacosta considera que o período em questão, «um período muito rico, porque é o canto do cisne do imperialismo português», tem sido, «nos últimos anos, visto a preto e branco, de uma maneira um tanto redutora, diabolizado à esquerda, endeusado à direita».

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O livro «A História da PIDE», que a historiadora lançou este ano, é, neste contexto, na opinião do jornalista e escritor, «extremamente elucidativo da maneira de funcionamento» daquela polícia e do poder em geral.

Notas biográficas

Irene Flunser Pimentel, 57 anos, licenciou-se em História pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, em 1984. Concluiu o mestrado em História Contemporânea (variante Século XX) pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, com a tese Contributos para a História das Mulheres no Estado Novo.

É investigadora na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Colabora ainda em permanência, desde 1994, na revista História, da qual foi editora até final de 2001. Publicou diversos artigos de História em jornais e revistas portuguesas e estrangeiras, sobre diversas instituições do Estado Novo, a Segunda Guerra Mundial, o nacional-socialismo alemão e o Holocausto, entre outros temas.

Colaborou em enciclopédias, dicionários e obras conjuntas. Participou em exposições, colaborou em documentários e programas de rádio e televisão e intervém regularmente em colóquios, conferências e seminários. É autora dos seguintes livros: História das Organizações Femininas do Estado Novo, «Textos relativos a Portugal» in Contai aos Vossos Filhos. Um Livro sobre o Holocausto na Europa, 1933-1945, de Stéphane Bruchfeld e Paul A. Levine, Fotobiografia de Manuel Gonçalves Cerejeira, Fotobiografia de José Afonso e «A PIDE/DGS, 1945-1974».

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