O presidente da câmara de Santarém questionou este domingo, na cerimónia de evocação das vítimas da sinistralidade rodoviária, o controlo exercido sobre a formação dos condutores portugueses e prometeu medidas na cidade.
«Uma das perguntas que deve ser feita é que controlo temos sobre as escolas de condução, em que termos são dadas as cartas de condução, quem é utente desse documento que coloca na estrada alguém com um objecto que mata e que mata muitas vezes mais do que uma vida», questionou Francisco Moita Flores.
PUB
Referindo as responsabilidades das autarquias no que toca à redução dos riscos, o autarca frisou o papel da administração central, frisando não compreender por que razão a formação nas escolas para as várias situações de risco, incluindo a rodoviária, foi esquecida «durante tanto tempo».
O autarca foi um dos presentes nas cerimónias nacionais que hoje assinalaram, em Santarém, o Dia em Memória das Vítimas da Estrada, e que contaram com a presença do ministro da Administração Interna, Rui Pereira.
Moita Flores assegurou que a sua autarquia está a adoptar um conjunto de medidas com vista à segurança rodoviária, dando como exemplo a colocação de piso rugoso no pedaço da estrada nacional 3, à saída de Santarém, onde se têm registado vários acidentes graves e no qual Rui Pereira colocou hoje uma coroa de flores.
Segundo disse, essa obra vai ser iniciada segunda-feira, na sequência de uma deliberação camarária tomada há cerca de mês e meio, depois da ocorrência de mais um acidente grave que vitimou um professor de uma escola da cidade.
Por outro lado, afirmou que a autarquia iniciou já planos de segurança rodoviária para todas as 28 freguesias do concelho, num programa que se prolonga até 2009, e que tem em elaboração projectos específicos de segurança rodoviária para todas as escolas.
PUB