O antigo Presidente da República Jorge Sampaio destacou hoje a «extraordinária projecção literária e prestígio» que o hoje falecido José Saramago trouxe à literatura e língua portuguesas.
«Do escritor português que tão extraordinária projecção literária e prestígio trouxe à literatura e língua portuguesas, não me vou pronunciar, certo de que outros o farão, bem melhor do que eu», refere Jorge Sampaio, numa nota enviada à Lusa, onde também lembra as «cordiais e afectuosas relações» que manteve com o escritor.
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Mas «também o não faço porque nesta hora, sempre trágica, em que a linha da vida se perde ao dobrar da esquina fatal, à obra vasta de Saramago, poderemos voltar sempre, ao passo que a ele, ao homem, só nos resta lembrá-lo, coligindo memórias e compondo recordações», afirma.
Na nota, Jorge Sampaio lembra algum dos momentos que partilhou com o Prémio Nobel da Literatura de 1998, como a defesa da Coligação por Lisboa, em 1989, uma visita ao Casal Ventoso, quando Saramago foi galardoado com o Nobel, e quando lhe entregou, com «honra e prazer», as insígnias da Ordem de Santiago de Espada no seu grau máximo e excepcional de Grande Colar.
«Quando em 2009, a última vez que com ele estive pessoalmente, na câmara de Lisboa, tive a grande emoção de lhe ouvir palavras sinceras de grande estima, com que teve a generosidade de me distinguir e que eu, plenamente quero retribuir aqui, em sua homenagem póstuma», acrescenta o ex-Presidente da República.
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