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«Não há motivos para festejar 854 mortos»

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Rui Pereira lamenta vítimas na estrada em 2007, mas realça evolução

Em 2007 morreram 854 pessoas na estrada, mais quatro do que no ano anterior, mas registaram-se menos acidentes e menos feridos. Após a apresentação do Relatório Anual de Sinistralidade, o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, disse que não há motivos para discursos optimistas, mas realçou a evolução positiva dos índices de mortalidade na estrada nos últimos 20 anos.

«Não quero utilizar um discurso excessivamente optimista, porque não há motivos para festejar 854 mortos num ano nas estradas portuguesas, mas mesmo assim acho que vale a pena recordar, porque senão perdemos noção daquilo que queremos no futuro», disse aos jornalistas Rui Pereira, no final da apresentação dos números relativos ao ano passado, num dos auditórios da Feira Internacional de Lisboa.

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O governante referiu que se partiu de uma situação dramática. «Em meados da década de oitenta, chegámos a ter mais de 2600 mortos nas estradas portuguesas e, paulatinamente, descemos para dois mil, 1500, para menos de mil».

Em 2006 morreram em acidentes rodoviários 850 pessoas, menos quatro do que em 2007, mas Rui Pereira sublinhou que estes dados se devem também ao registo no ano passado de sinistros de dimensão invulgar, como o que vitimou mais de uma dezena de pessoas a 5 de Novembro, em Castelo Branco.

Para o ministro, 2007 foi um ano de «consolidação» do trabalho que tem sido feito com vista à redução de acidentes, e frisou um dado estatístico para ilustrar esta convicção. «Foi o ano em que houve o maior número de dias sem mortos». Segundo os dados fornecidos no relatório, «o número de dias sem vítimas mortais aumentou de 43 para 56».

Do relatório, apresentado pelo engenheiro Paulo Marques, presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), destacam-se ainda alguns dados estatísticos, como os 35.311 acidentes de 2007, contra 35.680 no ano anterior.

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Os número de mortos aumentou, mas o de feridos graves e leves diminuiu (o primeiro de 3483 para 3116 e o segundo de 43.654 para 43.202).

Relativamente à evolução dos números de vítimas mortais por distrito, Guarda (-41%), Portalegre e Vila Real (-35%) e Beja (-31%) registaram os decréscimos mais importantes. Na página negra da estatística ficaram Castelo Branco (+71%), Faro (+41%) e Santarém (+35%).

Pesados matam menos que ligeiros

Os dados divulgados esta sexta-feira revelam ainda que os acidentes com ligeiros foram aqueles em que houve registo de mais vítimas mortais (432) e feridos graves (1497). Já os que envolvem pesados estão no pólo aposto, com 35 mortes e 52 feridos graves.

Quanto às vias, as estradas nacionais são aquelas onde morreu mais gente (360), mas os arruamentos registaram mais feridos graves (1184). Nas auto-estradas houve um aumento de 13 por cento em sinistros com vítimas mortais.

Registo também para a faixa etária entre os 20 e os 29 anos, que foi a que sofreu mais acidentes com vítimas mortais e feridos graves.

O documento apresentado hoje realça ainda a evolução da sinistralidade nas últimas duas décadas, com uma diminuição de 51 por cento de mortos nas estradas.

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