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Médicos vão «unidos» para a «luta» com o Governo

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Sindicatos juntam-se para as negociações das carreiras com o Ministério da Saúde

As duas organizações sindicais que representam os médicos preparam-se para, pela primeira vez, enfrentarem unidas o Ministério da Saúde nas negociações das carreiras médicas, revelaram quinta-feira à noite os seus responsáveis, em Coimbra, durante um debate, refere a Lusa.

«Este é o processo negocial mais importante dos últimos 20 anos e será certamente o mais importante dos próximos 20 anos, até por via da contratação colectiva, que não existia anteriormente, e que não permite a um qualquer Governo, em qualquer momento, fazer uma revogação unilateral dessa contratação colectiva», considerou Mário Jorge Neves, presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM).

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Foi «a tomada de consciência de que estamos numa fase absolutamente decisiva para defender adequadamente os interesses dos médicos que os dois sindicatos decidiram arregaçar as mangas e começar a trabalhar em conjunto», salientou o dirigente sindical, num debate promovido pelo Conselho Regional do Centro da Ordem dos Médicos.

A FNAM, tal como o Sindicato Independente dos Médicos (SIM), criticam, nomeadamente, a intenção da tutela de querer separar a qualificação médica da revisão do regime legal das carreiras médicas.

Outra crítica vai para o desejo do Ministério da Saúde de querer celebrar um projecto para definir o enquadramento de princípios gerais, matéria do âmbito da contratação colectiva, como o regime de trabalho ou os limites da idade para os médicos fazerem urgências.

«O que está em causa é reposicionar a profissão médica no centro da evolução e da modernização dos serviços de saúde», advogou Paulo Fidalgo, que interveio em representação da Ordem dos Médicos.

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«Porque se acontecer uma burocratização da vida das instituições de saúde, se houver uma progressiva ocupação desses lugares e funções por lealdades que não sejam baseadas no mérito profissional os serviços de saúde irão declinar e degradar-se substancialmente», vaticinou o médico.

Salientando que neste momento «não há qualquer proposta de carreiras em discussão», Carlos Arroz, presidente do SIM, garantiu também que «os dois sindicatos irão à mesma hora enfrentar a tutela com uma comissão mista negocial».

Por seu lado, Mário Jorge Rêgo, presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, entende que se deve «aproveitar a oportunidade» de ter uma ministra «colega e das carreiras, bem informada e preparada», para «actualizar as carreiras médicas parar um pouco com esta selva que se verifica, de uns ganharem mais e outros ganharem menos, de uns fazerem mais e outros menos».

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