O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) decidiu que as tripulações das novas viaturas de socorro dispensam médico, mas incluirão um enfermeiro com formação e treino para praticar alguns actos clínicos, disse uma fonte daquele organismo à Lusa.
Distinguindo as designadas viaturas de Suporte Imediato de Vida (SIV), de que já existem 16 no país, das viaturas medicalizadas, tripuladas por um enfermeiro e um médico, a mesma fonte disse que são meios diferentes com os quais o Instituto pretende melhorar a assistência imediata a sinistrados em locais mais remotos do país.
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A mesma fonte, próxima da direcção do INEM, disse que esta opção foi tomada com a concordância dos médicos do próprio instituto, dado que, acrescentou, há actos, como entubar ou reanimar um doente, que podem ser feitos por outros técnicos, desde que com formação e treino, e não apenas por clínicos.
Esta explicação surge depois do bastonário dos médicos em exercício ter criticado terça-feira o facto de três novos helicópteros, que vão funcionar na mesma lógica das SIV, não preverem um médico entre a sua tripulação. «É um acto criminoso do INEM e do ministro da Saúde», comentou José Manuel Silva.
O bastonário em exercício avisou os médicos que assumam responsabilidades telefónicas em situações de emergência nos actos praticados pelas viaturas SIV de que o farão «exclusivamente por sua conta e risco e contra o parecer técnico da Ordem dos Médicos».
As SIV irão funcionar tal como os helicópteros, para cuja aquisição vai ser lançado um concurso internacional, «só que uma vai por terra e o outro vai pelo ar, mais rápido. O resto é igual nos dois», explicou a fonte do INEM.
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