A presidente do colectivo de juízes do Tribunal de Torres Vedras determinou esta quinta-feira a audição de novas testemunhas para serem ouvidas no julgamento do «Rei Ghob», homem acusado de quatro homicídios.
De acordo com a Lusa, Maria Domingas determinou a audição de duas novas testemunhas a partir das declarações prestadas em tribunal pelos inspectores da Polícia Judiciária (PJ).
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A mesma equipa da PJ chegou a novos elementos de prova, ao investigar um outro inquérito por abusos sexuais de 20 menores, no qual Francisco Leitão já foi também constituído arguido, assim como a irmã (Dina Leitão), o cunhado (Nelson Garcia), «João da rulote» e a esposa (Fernanda Jacinto).
Uma das testemunhas é um jovem madeirense, de nome Geraldo, que frequentou a casa-castelo e que, segundo a testemunha Mara Pires, que viu Francisco Leitão a amarrá-lo num pinhal em Óbidos e na sua própria casa e deixá-lo cheio de sangue, estaria desaparecido, levando o Ministério Público a abrir um quinto processo de homicídio contra o arguido, entretanto arquivado.
O inspector Joaquim Brilha declarou em tribunal que o jovem, entretanto localizado em Braga, confirmou o depoimento de Mara Pires.
Outra das testemunhas a ser ouvida é uma mulher chamada Dália, amiga do arguido, que contactou a PJ. Segundo o inspector Valter Lucas, após a detenção de Leitão, a mulher foi visitá-lo à prisão, onde o arguido lhe «teria confirmado ter matado Ivo Delgado e Joana Correia».
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O colectivo de juízes determinou também o contacto de uma comerciante da cidade de Peniche para determinar o novo comprador do cartão e do telemóvel que Francisco Leitão terá usado no dia do desaparecimento de Joana Correia para contactar com a vítima.
O julgamento continua a 6 de Fevereiro.
«Rei Ghob», a ser julgado por um tribunal de júri, é acusado de quatro crimes de homicídio e outros quatro de ocultação de cadáver, relativos às mortes de um idoso sem-abrigo, conhecido por «Pisa Lagartos» (1995), de Tânia Ramos (5 de Junho de 2008), de Ivo Delgado (26 de Junho de 2008) e de Joana Correia (3 de Março de 2010).
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