A presidente da Câmara de Almada (CDU) afirmou esta quarta-feira, comentando a introdução de portagens nas SCUT, que a situação do concelho é «absurda» relativamente à do resto do país, porque todos os acessos a Lisboa têm portagem.
O Governo planeava introduzir o pagamento de portagens a 1 de Julho nas SCUT da Costa de Prata, Norte Litoral e Grande Porto mas adiou a medida por 30 dias, até 1 de Agosto.
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O anúncio da medida provocou protestos e é contestada por autarcas e utentes.
Em declarações à Lusa, a presidente da Câmara municipal de Almada, Maria Emília de Sousa, lembrou que «os cidadãos da área metropolitana de Lisboa que vivem a Sul do Tejo não têm outra alternativa que não passar pela ponte 25 de Abril ou pela ponte Vasco da Gama e pagar portagens. Temos auto-estradas sobre o rio».
«A situação é injusta», defendeu, porque, «por exemplo, no Porto não se paga para atravessar o rio e no Algarve também não».
A autarca defendeu que o actual modelo «tem que ser revisto para que se torne mais justo», e, acrescenta, «isso pode ser feito olhando para a forma como outros países resolveram a situação».
«Há casos em que a contribuição é feita pelos proprietários de veículos e passa, por exemplo, por uma taxação sobre os pneus ou sobre a gasolina. E assim todos contribuem», argumentou.
A presidente sublinhou ainda que «esta não é uma questão Norte-Sul, é um problema do país, que deve ser resolvido com brevidade em prol da justiça».
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