O presidente da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) afirmou esta quinta-feira que os serviços de atendimento permanente (SAP) da região que «não prestem cuidados de saúde com qualidade» vão fechar ou transformar-se em serviços de urgências básicas, noticia a Lusa.
Sem especificar quais os SAP em causa, mas em resposta a perguntas dos jornalistas sobre o anunciado encerramento do SAP da Misericórdia de Felgueiras, Maciel Barbosa disse que «a prestação de cuidados de saúde que a solução SAP presta não é a desejável». «Todos os SAP que não têm subjacentes uma cultura organizacional correcta» fecharão as portas, frisou.
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Segundo Maciel Barbosa, o que é importante é que um serviço garanta uma resposta de forma continuada, pela mesma equipa, e dê resposta aos problemas agudos das pessoas.
«A solução dos SAP não é a desejável, seja o SAP de Felgueiras seja qualquer outro SAP do país», afirmou.
Em finais de Dezembro, fonte da ARS-N anunciou ao jornal Público que os SAP dos hospitais das misericórdias de Felgueiras, Lousada e Marco de Canaveses e o SAP de Baião encerrarão durante 2008.
Maciel Barbosa salientou que a solução será fechar os SAP ou transformá-los num «serviço de urgências básicas».
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O responsável explicou que os SAP só poderão evoluir para um serviço de urgências básicas caso respondam a uma série de critérios, ligados designadamente à demografia de cada local e às acessibilidades existentes.
Para complementar o encerramento dos SAP, Maciel Barbosa destacou que os centros de saúde passarão a trabalhar até mais tarde, «em período pós-laboral, fins-de-semana e feriados».
Confrontado com a insatisfação já manifestada pela população de Felgueiras com o encerramento do SAP local, Maciel Barbosa criticou a atitude dos populares.
«As pessoas têm direito a ter expectativas, mas não têm direito a ter opinião», disse, «não se pode pôr em causa, por tudo e por todos, isto», referindo-se à estratégia governamental para a requalificação das urgências.
Maciel Barbosa disse anda que colocar em causa esta reforma é «inadmissível». O responsável falava aos jornalistas à margem de uma visita ao novo serviço de urgência do centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho.
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