Os bombeiros de S. Pedro do Sul e de Vouzela mostraram-se preocupados com o encerramento dos Serviços de Atendimento Permanente (SAP) dos centros de saúde locais, temendo que faltem ambulâncias nas noites com mais chamadas, noticia a Lusa.
Os SAP dos centros de saúde de S. Pedro do Sul e Vouzela encerraram à meia-noite desta quarta-feira, apesar das vigílias de protesto das populações, passando aquelas unidades de saúde a funcionar todos os dias entre as 8h00 e as 24h00.
PUB
Os comandantes dos Bombeiros Voluntários de S. Pedro do Sul e Vouzela, João Cunha e Joaquim Tavares, respectivamente, disseram que, na primeira noite de encerramento do SAP, não houve qualquer chamada, mas alertaram que noutras há «três ou quatro».
«O INEM tem cá uma ambulância, mas há noites com três ou quatro serviços e muitos são em aldeias pela serra adentro, que ficam a 80, 90 e até 100 quilómetros de Viseu», contou João Cunha.
O comandante disse que, ao tempo que as ambulâncias demoram a chegar a Viseu, há a juntar o tempo que têm de ficar à espera que lhes sejam devolvidas as macas, o que poderá levar à falta de ambulâncias em algumas noites com mais chamadas.
Neste âmbito, ainda que já no passado muitos dos doentes acabassem por ser transferidos para o Hospital de S. Teotónio, João Cunha considera que «a primeira assistência no centro de saúde era fundamental na maioria dos casos».
A mesma opinião tem o comandante dos Voluntários de Vouzela, Joaquim Tavares, corporação que tem à sua responsabilidade uma viatura do INEM: «se houvesse primeira assistência no centro de saúde, a ambulância de socorro depois já ficava disponível» para outras chamadas.
«Agora a viagem vai ser mais longa e o tempo de espera em Viseu é maior, porque há sempre dificuldades para passar os doentes para as macas do hospital. Prevejo que haja noites complicadas», alertou.
PUB